Em 25 de julho, é comemorado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e, hoje (26), o dia do Orgulho Crespo no estado de São Paulo. A fim de celebrar esse momento, convidamos a atriz Duda Pimenta e as criadoras de conteúdo Stella Chidozie, Anne Caroline e Sah Oliveira para refletir a respeito dessas duas datas e contar suas respectivas trajetórias com seus cabelos crespos.
“O meu cabelo diz muito sobre mim, diz muito sobre a ancestralidade“, afirma Stella Chidozie. “Eu tô aqui para existir do meu jeito, com o cabelo que eu quero, e eu não espero a validação de nenhuma outra pessoa além de mim. […] E eu diria que ter o cabelo da forma como eu tenho hoje é a forma como eu quero ser vista no mundo.”
Duda Pimenta revela que viu nas mulheres negras da sua família uma inspiração. “Eu não aceitava o meu cabelo também por conta de bullying que sofria na escola. Mas, as minhas tias têm dread, uma que pintou o cabelo crespo, minha mãe tem cabelo raspado… Então, aquilo foi me inspirando e eu comecei a aceitar o meu cabelo e amá-lo do jeito que ele é.”
O processo de autoestima de Anne Caroline também passou pela descoberta do seu cabelo crespo, já que começou a relaxar os fios quando tinha apenas 5 anos de idade. “Através da minha relação com o meu cabelo, eu comecei a me amar mais, a entender quem eu era. […] A partir do momento em que eu decidi saber qual era o meu tipo de cabelo, eu comecei a me amar. Desabrochou um amor pelo meu cabelo e foi a pontinha do iceberg para eu conhecer o meu amor-próprio”
Sah Oliveira declara que seu black é mais do que um cabelo, é um símbolo de resistência. “Para mim, o meu cabelo é além do meu cabelo. Ele representa a minha história e quem eu sou. […] A cada dia que eu acordo, dou volume ao meu cabelo e decido ir ao shopping, entrar em uma loja ou decido ir a qualquer lugar que seja, ele [o meu cabelo] é um símbolo da resistência. Até porque existe muito racismo e preconceito, então aonde eu vou é preciso ter muita coragem para carregar esse black.”
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