Apesar de ser supercomum, especialmente durante a adolescência, as espinhas podem causar um certo incômodo e também representar um desafio na hora de cuidar da pele. Para te ajudar, a CAPRICHO conversou com a Dra. Sarah Bechstein, dermatologista e co-fundadora da healt tech alemã FORMEL Skin, que conta tudo o que você precisa saber para tratar a acne. Vem ficar por dentro do assunto!
Como as espinhas se formam?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a acne é causada por infecção ou inflamação das glândulas sebáceas na base dos pelos. Assim,os poros ficam cheios de uma espécie de sebo, que acaba formando os cravos. Estes podem se romper, liberando o material de seu interior na pele, o que gera as espinhas.
Com isso, aparecem cravos brancos, cravos pretos e as temidas espinhas – que podem se apresentar de forma vermelha, inflamada e algumas vezes cheias de pus. Mas não se preocupe, todas nós vamos nos deparar com elas algumas vezes, viu?
Os tipos de acne
Além de entender como elas se formam, é importante conhecer os tipos e graus de acne. Afinal, nem toda acne é igual! Ela aparece de formas diferentes em cada tipo de pele. A dermatologista Dra. Sarah Bechstein conta que a acne mais comum da adolescência é a acne vulgar, e cerca de 70% de todos os jovens de 15 a 18 anos têm essa acne clássica da puberdade.
“Na maioria das pessoas, diminui ou até desaparece após a puberdade, mas há uma alta probabilidade de que ataques individuais ocorram na idade adulta. A gravidade depende principalmente da predisposição genética e vai de manchas a inflamações severas, que podem causar cicatrizes”, explica.
A especialista também ressalta que é importante entender as necessidades da sua pele e, para isso, é legal conhecer os 4 graus da acne e identificar qual é o seu. São eles:
- Grau I: você nota apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas);
- Grau II: você nota cravos e espinhas pequenas na pele, com pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus;
- Acne Grau III: você nota cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, dolorosas e bem inflamadas e avermelhadas;
- Grau IV: você vai perceber cravos, espinhas pequenas e grandes lesões císticas, e possíveis cicatrizes irregulares resultando em deformidade da área afetada.
Conte com profissionais
Depois de entender como se formam e quais são os tipos de acne, chega a hora de contar com o auxilio de profissionais. Esse acompanhamento é muito importante para que você encontre um tratamento que reduza as inflamações causadas pelas espinhas e para que possa descobrir as possíveis causas para o surgimento delas. Converse com um médico dermatologista, combinado?
“Graças a um acompanhamento atento, podemos responder com precisão a problemas de pele individuais e desenvolver uma fórmula que combina os ingredientes adequados para a pele de cada pessoa”, ressalta Dra. Sarah. Além disso, tenha em mente que o seu tratamento individual deve ser realizado à longo prazo, e o acompanhamento com um dermatologista é a chave para obter bons resultados!
A Dra. Sarah Bechstein também relata sua própria trajetória com a acne: “Quando adolescente, comecei a sofrer de acne severa. Comecei a tomar anticoncepcionais orais para a pele e, apesar de ter vários efeitos colaterais, minha pele melhorou e fiquei feliz com isso. Aos meus vinte e poucos anos, eu não queria mais tomar hormônios. Parei a pílula, e minha pele piorou novamente”. Na época, ela já trabalhava com dermatologia, então começou uma pesquisa para encontrar algo que realmente funcionasse para as peles com acne.
Encontre o melhor tratamento
Conte com profissionais especializado no tratamento de acne! Essa avaliação individual é indispensável para te orientar da melhor forma a como cuidar da pele no dia a dia. “Com o auxílio de um profissional, a nossa fórmula está sempre adaptada às necessidades da sua pele, ajustamos o seu tratamento regularmente de acordo com a avaliação médica após o seu check-in. Você recebe tratamento de longo prazo para uma pele saudável em todas as fases de sua vida”, ressalta Dra. Sarah sobre a importante dos especialistas.
“Os produtos cosméticos muitas vezes não são eficazes o suficiente. Considero também que os produtos de prescrição fixa padrão muitas vezes podem causar efeitos colaterais graves, como pele seca e vermelhidão. Além disso, sempre que houver dúvidas, você pode entrar em contato com seu médico e ele responderá às perguntas”, completa a dermatologista.
Adote hábitos saudáveis
Além de seguir todo o tratamento prescrito por seu dermatologista, você pode adotar alguns hábitos saudáveis em sua rotina. “Recomendo beber pelo menos dois litros de água por dia, pois precisamos de hidratação interna. Também deve-se evitar alimentos com alto índice glicêmico, como trigo branco e doces. Uma alimentação saudável com cinco frutas e vegetais por dia também é benéfica para a nossa pele”, indica Dra. Sarah.
Seja gentil com a sua pele
O maior segredo de todos está em ser gentil com a sua pele e com o processo. Lembre-se que você não é a única menina que tem espinhas – pelo contrário. E não se compare! Cada pele é uma pele e, por isso, é tão importante adotar um tratamento personalizado e único para você.
Dra. Sarah ainda manda um recado: “Antes de mais nada, nenhuma pele é perfeita e todas nós passamos por um momento na em que não estamos felizes com a pele. E, em segundo lugar, existe uma solução para isso, mas é preciso ter paciência, porque, infelizmente, a pele não muda da noite para o dia. Por último, é importante ter em mente que, às vezes leva, algum tempo para encontrar o melhor tratamento para sua pele. No entanto, ela com certeza pode ficar melhor”. <3
Que tal colocar as dicas em prática?
Quem colaborou com a matéria: Dra. Sarah Bechstein, dermatologista e co-fundadora da healt tech alemã FORMEL Skin.