Projeto Ponto Firme foi criado em 2015 pelo estilista brasileiro Gustavo Silvestre. Ele promove a ressocialização de pessoas sentenciadas da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos, São Paulo, por meio de um programa que oferece formação técnica em crochê.
Sim, o Projeto mudou a perspectiva dos detentos da penitenciária e nos mostra a importância de uma ressocialização digna no sistema carcerário. É a esperança do recomeço, que nasce na criatividade e no potencial escondido.
Em entrevista ao Fantástico, Gustavo diz que “crochê é uma coisa muito matemática e ele ensinou os sentenciados a pegarem a receita e transformarem em uma peça”.
No Brasil, o processo de ressocialização do preso encontra diversos desafios a serem enfrentados como a falta de acesso à educação, estigmas, e a superlotação. As pessoas sentenciadas, muitas vezes, não tem a oportunidade de ter atividades profissionalizantes, por exemplo.
Foi essa realidade que Gustavo se depara e nasce o projeto Ponto Firme, para mudar essas perspectivas de vida que acabam ficando limitadas e presas também. Um detento do projeto relatou que já “usou muita arma para fazer o que não era correto, hoje usa agulha de crochê”.
Em 2021, quando as aulas nos presídios precisaram ser interrompidas por causa das medidas sanitárias de controle da covid-19, o projeto ganhou mais um “braço”: a Escola Ponto Firme. Trata-se um espaço com cursos de crochê para toda pessoa em situação vulnerável – além dos egressos do sistema prisional.
A iniciativa já apresentou coleções na SPFW (São Paulo Fashion Week) e já realizou parcerias com grandes marcas como a Melissa, Levi’s e Farm. Dá uma olhada no desfile do Projeto apresentado na São Paulo Fashion Week edição 53, com as criações incríveis e criativas produzida pelos detentos.
Lindo e inspirador, né?