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Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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Estas músicas mostram como a arte e o ativismo político andam lado a lado

Desde canções que nos fazem questionar nossa realidade, até batidas que nos fazem dançar pela boa melodia, a música nos move.

Por Emanuele Assereuy 18 jul 2024, 13h00
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ocê já parou para pensar qual a influência a música exerce na sua vida? Ela te motiva, te inspira? Traz memórias afetivas boas ou ruins? Em geral associamos sempre a um momento vivido, pois nos envolve em sensações e pensamentos que vão além do que conseguimos alcançar com simples palavras.

Desde canções que nos fazem questionar nossa realidade, até batidas que nos fazem dançar pela boa melodia, a música nos move. Nesta matéria, vamos explorar um apanhado de alguns artistas e de músicas que vão além de nos entreter, nos ajudam a movimentar o pensamento e provocam mudanças no mundo. Estão prontos? Então, prepare seus fones de ouvido e vamos mergulhar no poder da música como ferramenta de ativismo e mudança social.

 

 

Oi pessoal, eu sou a Emanuele, integrante da Galera CAPRICHO e também uma amante de vários tipos de música. Sabemos que na arte contemporânea, a música ressoa como uma das formas mais poderosas de expressão artística e mobilização social. Mas, para além de só curtir uma boa “musiquinha”, será que vocês já pararam para analisar as mensagens por trás dessas palavras? Nesta jornada, vamos explorar músicas brasileiras de todos os estilos imagináveis, desde o MPB e o rock até o rap e o samba, para provar que a arte e o ativismo estão presentes em todos os lugares. 

 

1. “QUE PAÍS É ESTE?” – LEGIÃO URBANA

A música da banda Rock Legião Urbana critica duramente a situação política e social do Brasil, apesar de ser escrita em 1987, a situação continua atualíssima, abordando questões como corrupção, violência e desigualdade. No contexto da época, o cantor Renato Russo, segundo o livro de autobiografia da banda “Memórias de um Legionário”,  colocou esse título por conta do discurso do político Francelino Pereira, Deputado Federal do partido da ARENA, no qual ele criticava a Constituição em processo de elaboração, questionando o estado atual do Brasil. Com sua melodia contundente e letras provocativas, ‘Que País É Este?’ tornou-se um hino de resistência e crítica social, refletindo as angústias e esperanças de uma geração que lutava por mudanças significativas no país.

2. “A BATUCADA DOS NOSSOS TANTÃS” – FUNDO DE QUINTAL 

O título da música refere-se à batucada, uma parte essencial das escolas de samba e das rodas de samba, onde os tantãs, instrumentos de percussão, desempenham um papel crucial. O famoso grupo de samba Fundo de Quintal, em sua canção, celebra a cultura do samba e sua importância na identidade brasileira. A letra da música exalta a tradição do samba como uma expressão artística e cultural que faz parte do DNA do povo brasileiro.

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O samba é retratado como uma fonte de alegria e vitalidade para o povo, capaz de unir pessoas de diferentes origens e classes sociais em torno de sua batida contagiante. O título da música refere-se à batucada, uma parte essencial das escolas de samba e das rodas de samba, onde os tantãs, instrumentos de percussão, desempenham um papel crucial.

3. “JUNHO DE 94” – DJONGA 

Gustavo Pereira Marques, mais conhecido pelo nome artístico Djonga, é um rapper, escritor e compositor brasileiro. Sua música “Junho de 94”, do álbum “O Menino Que Queria Ser Deus”, explora diversos temas e emoções, refletindo sua jornada e os desafios que enfrentou na sociedade sendo um homem negro. Ele menciona a cura das feridas ao longo do tempo, seu desejo de mudar o sistema e o impacto e o sucesso que alcançou como artista. Sua canção faz uma reflexão sobre sua vida e trajetória, discutindo temas como violência policial, desigualdade social, racismo e a luta diária pela sobrevivência em um ambiente marcado pela adversidade. Ele também aborda questões relacionadas à identidade, orgulho negro e resistência.

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4. “BIXA PRETA” – LINN DA QUEBRADA

“Bixa Preta” é uma música da artista brasileira Linn da Quebrada, que é uma figura importante no movimento LGBTQIAPN+ e na cena musical do funk contemporâneo brasileiro. A letra aborda questões de identidade de gênero, raça e sexualidade de uma forma franca e provocativa, principalmente a expressão “bixa preta”, que é uma forma de apropriação e empoderamento do termo pejorativo “bicha”, que é usado para difamar pessoas LGBTQIAPN+. Ao reivindicar esse termo e combiná-lo com sua identidade racial, Linn da Quebrada desafia estereótipos e estigmas, e celebra a sua própria existência e beleza como uma pessoa negra e queer.

5. “XOTE ECOLÓGICO” – LUIZ GONZAGA 

Na letra de “Xote Ecológico”, Gonzagão critica a destruição do meio ambiente causada pelo homem, mencionando desmatamento, poluição dos rios e a caça indiscriminada como exemplos dos danos provocados à natureza. O cantor e compositor Luiz Gonzaga, nessa canção aborda questões ambientais e a importância da preservação da natureza, algo bastante à frente de seu tempo, já que a música foi lançada em 1978.

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6. “BEM MELHOR” – LAGUM 

A música “Bem Melhor”,  fala sobre superação e autocuidado, promovendo uma mensagem de esperança para aqueles que lutam contra a ansiedade e outros desafios emocionais. A canção transmite a ideia de que é possível encontrar um caminho para se sentir “bem melhor” mesmo diante das adversidades, promovendo a mensagem da importância da saúde mental. Além dessa música, a banda Lagum em seu álbum “Coisas da Geração”, explora diversos sentimentos sobre amor, amizade, autodescoberta, desafios da vida adulta, entre outros temas relevantes para essa geração.

Em um mundo repleto de desafios e injustiças, a música emerge como uma voz poderosa do ativismo contemporâneo, como apresentado nessa matéria, letras de artistas como: Legião Urbana, Fundo de Quintal, Djonga e Lagum podem ser fontes de inspiração e de luta para você leitor, pois transcendem fronteiras linguísticas e culturais, unindo pessoas em torno de causas comuns e incitando a reflexão e a ação.

Das canções de protesto que ecoaram pelos movimentos dos direitos civis às batidas pulsantes que impulsionam os apelos por justiça ambiental e igualdade social, a música se revela como um veículo inigualável para amplificar as vozes daqueles que lutam por um mundo melhor.

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