Tudo bem se você ainda não viu toda a segunda temporada de 13 Reasons Why. A lista de Hannah Baker não é uma espécie de spoiler, principalmente para quem tem depressão. É verdade que, segundo vários psicólogos e especialistas em suicídio, nem todo mundo que tem depressão se mata. Aliás, de acordo com Maria Beatriz Cytrynowicz, psicóloga formada pela PUC-SP, terapeuta, membro da Associação Brasileira de Daseinsanalyse e autora do livro Criança e Infância, o suicídio não aparece como resposta para uma maioria.
Hannah Baker, de 13 Reasons Why, contudo, representa a minoria. Há quem concorde e quem seja contra a abordagem feita pelo seriado com relação ao assunto, mas a “lista de motivos de Hannah” serve como um alerta para aqueles que já tiveram pensamentos como os da adolescente.
A imagem abaixo aparece no último episódio da segunda temporada e mostra os 11 porquês que Baker não deveria cometer suicídio – e reforça que nenhum deles foi o bastante. “Para um adolescente, que está com o seu próprio futuro em questão, a falta de confiança pode ser insustentável e parecer definitivamente que não tem solução”, analisa Maria Beatriz Cytrynowicz.
A LISTA DE RAZÕES PARA NÃO COMETER SUICÍDIO, DE HANNAH BAKER:
Mãe e pai: “Eles irão se culpar, e não é culpa deles.”
Nova York: “Eu posso ir lá algum dia. Se não durante a faculdade, depois. E talvez eu possa recomeçar lá.”
Clay: “Ele também vai pensar que é sua culpa, e não é. Ele vai pensar que poderia ter me salvado. Mas a gente não pode salvar pessoas, não nesse sentido, pelo menos – é mais complicado que isso.”
Escrevendo: “Eu poderia escrever alguma coisa incrível algum dia. Publicar essa coisa. Até me tornar uma escritora. Parece improvável – mas possível.”
Pai: “Ele, sem dúvida, me ama. Sempre quer o melhor para mim. Mesmo quando eu estou brava com ele. Seria injusto deixá-lo.”
Mãe: “Eu não sei se ela poderia sobreviver a isso. Ela está sempre tão no limite. Mas talvez seja por minha culpa. Eu sei que ela me ama – eu gostaria que ela soubesse que eu sei.”
Mãe e pai: “Trabalharam tanto para me dar uma vida melhor. Seria como desapontá-los.”
Helmet: “É genuinamente um bom garoto. E eu genuinamente gosto dele. E talvez nós devêssemos ficar juntos. Não sei. Mas talvez. Se eu for, nunca vou descobrir isso.”
Talvez: “Um dia eu poderei fazer a diferença na vida de outra pessoa.”
Talvez: “Eu terei meu próprio filho, e talvez ele possa ser essa pessoa.
Talvez: “Não seja tão ruim quanto eu pense. Talvez vá melhorar.”