1º fóssil humano das Américas pode ter resistido ao incêndio no museu
Luzia e ossos de dinossauros estavam guardados em cofres no dia do incêndio no Museu Nacional.
No último domingo, 2, um incêndio tomou conta do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruindo a maior parte do acervo de 20 milhões de itens. Entre as grandes perdas, estava Luzia: o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, que teria cerca de 11.300 anos. No entanto, uma notícia recente pode representar uma chama de esperança em meio ao fogo da tragédia. De acordo com o UOL, Luzia e ossos de dinossauros estavam guardados em cofres de aço e podem ter resistido ao incêndio.
Segundo o site, a vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Serejo, contou que uma equipe tentou encontrar Luzia, mas o fóssil estava guardado em uma caixa com muito escombro dificultando o acesso. Ela também afirma que alguns departamentos do museu guardavam peças mais valiosas dentro de cofres de aço especiais que podem ter resistido às altas temperaturas. No entanto, embora exista uma chance, ainda não é possível confirmar se Luzia resistiu.
Na manhã desta terça-feira, 4, bombeiros conseguiram localizar um crânio nos escombros do incêndio. Um grupo de especialistas agora irá analisar o material para concluir se o objeto é o fóssil de Luzia.
Mais uma esperança é encontrar a coleção de esqueletos de dinossauros. De acordo com o pesquisador Helder de Paula Silva, responsável pela coleção de paleontologia, as ossadas que estavam em exposição eram, em grande parte, réplicas. Os esqueletos com maior valor científico eram guardados em um armário de aço compactador, capaz de resistir a impactos e a altas temperaturas, não extremas. Entretanto, como esses armários foram atingidos pelos materiais que desabaram dos andares superiores, também ainda não é possível afirmar que o conteúdo dentro deles sobreviveu sem danos.
Tomara que todos tenham se salvado, né? Vamos torcer!