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6 red flags de psicólogos que todo paciente deve ficar atento

Existem regras éticas que o profissional da Psicologia deve seguir para garantir uma relação saudável com o paciente. Vale prestar atenção!

Por Da Redação 21 out 2023, 18h27

A sessão de terapia deve ser um espaço acolhedor e de confiança para cuidar da saúde mental. O paciente precisa estar disposto a encarar seus processo e questões, e o profissional de Psicologia, por sua vez, deve fornecer as ferramentas para auxiliá-lo – sempre com toda ética e respeito. Acontece que, como em todas profissões, nem todo psicólogo(a) age do jeito correto, né? Por isso, é importante ficar atento a condutas que não são nada legais.

Entrando para a trend do TikTok sobre as reds flags de cada profissão, hoje separamos alguns alertas na hora de buscar um psicólogo(a) para começar um tratamento ou para quem já passa por um, mas sente algum incômodo. Quem nos ajudou nessa lista foi a psicóloga Carolina Roseiro, que faz parte do Conselho Federal de Psicologia, órgão responsável por regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional desta categoria.

Antes de qualquer coisa, Carolina destaca a importância do profissional se identificar, com nome e sobrenome, o número de registro e dados da sua formação. Com as redes sociais, muitas terapias são oferecidas, mas que não são, necessariamente, feitas por psicólogas ou psicólogos. Caso haja dúvida da seriedade do profissional, a especialista indica que o paciente faça uma pesquisa com o nome completo no Cadastro Nacional de Psicologas(os)  e, se necessário ainda, busque ajuda do respectivo Conselho Regional de Psicologia.

“Os profissionais da Psicologia tem um código de ética a ser seguido e que a população em geral pode consultar. Caso tenha um dúvida ou perceba algum comportamento que não está de acordo com ele, o paciente pode informar o Conselho Regional também”, acrescenta Carolina.

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As red flags de psicólogos que todo paciente deve fugir

Expor casos de outros pacientes

Uma das regras éticas da Psicologia é a garantia do sigilo das informações do paciente. Diante do mundo virtual, muitos psicólogos realizam seus atendimentos online e fazem o uso das redes sociais para divulgarem seus trabalhos. Carolina diz que, nesses casos, é importante observar se o profissional não expõe muito os casos dele nas redes sociais, mesmo não citando nomes. Isso vai contra a segurança de sigilo.

Não respeitar religiões e crenças

Religião e crenças são manifestações humanas que, de acordo com Carolina, podem ser levadas para as consultas – afinal, elas afetam a vida das pessoas, né? O psicólogo deve escutar sobre o assunto, mas, em hipótese alguma, pode sugerir, indicar ou tentar impor questões religiosas.

Mostrar preconceito de gênero, orientação sexual ou racial

É simples: tudo aquilo que fere os direitos humanos vai contra a ética profissional da Psicologia e do campo da saúde em geral, certo? A discriminação de gênero, orientação sexual, social ou de cunho racial não devem ser aceitas dentro de uma sessão de terapia (ou em qualquer lugar).

Tentar impor ao paciente o que ele deve fazer

É importante esclarecer que existem diferentes tipos de abordagem na Psicologia. O paciente, inclusive, deve buscar conhecê-las para entender qual mais se encaixa para ele. Carolina diz que todas elas são baseadas na escuta, mas algumas são mais ligadas na interação verbal e em técnicas de intervenção do que outras.

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“Na Psicologia, nós trabalhamos com aconselhamento, em que o profissional sugere ações, mas isso precisa ser combinado“, pontua. Ela exemplifica: “Um paciente com problemas de relação interpessoal no trabalho pode buscar um psicólogo para dar orientações no quesito profissional”, diz. Isso não permite, no entanto, que o profissional tente impor o que ele deve fazer ou pensar.

Não saber separar vida profissional e pessoal

Carolina ressalta que o espaço e o tempo terapêutico é do paciente, mas, a depender da abordagem também, os profissionais podem trazer exemplos de suas próprias experiências como um recurso de empatia. Mas tudo tem um limite, claro. “Se o psicólogo coloca demais suas questões pessoais, vai acabar sendo tendencioso, uma vez que o paciente vai perceber seu ponto de vida e pode se sentir pressionado para concordar”, explica.

Não respeitar a privacidade da criança e do jovem

Carolina explica que para uma criança ou jovem menor de 18 anos fazer terapia é necessário o consentimento de, pelo menos, um dos seus responsáveis. Apesar de um pouco diferente, os profissionais também devem garantir o sigilo profissional com os mais novos. Não é certo o psicólogo contar cada detalhe do que foi falado com o paciente para os pais. “Só é necessário passar informações confidenciais quando o psicólogo ver que o adolescente está em uma situação de risco, por exemplo”, explica.

Como agir diante de uma conduta antiética de um psicológico?

O diálogo é essencial. Carolina diz que o paciente tem o direito de entender qual é o método e técnica que o profissional está utilizando e se está de acordo com o que a pessoa se sente confortável. Em situações como as citadas acima, a especialista aconselha para não ter medo de buscar o Conselho Regional de Psicologia, que irá apurar os fatos. “Não precisa ter receio de estar prejudicando ou fazendo errado, o Conselho vai avaliar e, se preciso, vai poder orientar o profissional para adequar a conduta dele ou em casos mais graves, tomar outras providências de acordo com a ética”, finaliza.

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