O uso da camisinha é essencial. Além de ela evitar uma possível gravidez indesejada, também diminui (e muito!) as chances de você contrair alguma Infecção Sexualmente Transmissíveis (IST). Esse tipo de cuidado é um ato de responsabilidade. Afinal, o que está em jogo é a sua saúde, não é mesmo?
Mas muitas pessoas acabam, por falta de prática ou informação, tendo algumas dificuldades. Por isso, conversamos com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli e esclarecemos as 10 principais dúvidas que recebemos quando o assunto é camisinha.
1. “Qual é o momento certo de colocar o preservativo?”
O preservativo deve ser colocado antes de a primeira penetração ocorrer, logo quando o pênis ficar ereto. É importante que você ou o parceiro abram a embalagem usando os dedos, nunca os dentes, pois eles podem rasgar a camisinha.
2. “Existe jeito certo de colocar a camisinha?”
Sim. Primeiro, o rapaz deve segurá-la pela pontinha e tirar todo o ar acumulado nela. Esse passo é muito importante para garantir a eficácia do método. Essa pontinha livre de ar é o que justamente aguenta a pressão da ejaculação. Sem ela, o látex teria muito mais chances de estourar. Em seguida, com a outra mão, mas sem soltar a pontinha do preservativo, ele o desenrola por todo o pênis, até a base. Prontinho!
3. “Quais são as diferenças entre camisinha masculina e feminina?”
O tipo de material usado (látex) não difere muito. A principal questão é que se a garota tiver alergia à camisinha masculina, que costuma ser mais grossa, ela pode usar o modelo feminino, que é bem mais fininho, e amenizar o problema.
4. “Qual modelo é mais seguro?”
Em questão de eficiência, não há diferença. Apesar de a camisinha feminina ser mais cara – e um pouco mais fina -, ela é tão eficiente quanto a masculina.
5. “Se eu usar um preservativo feminino ao mesmo tempo em que o garoto usa um masculino, estarei duplamente protegida?”
Jamais! Isso é errado e perigoso. Nunca faça isso, combinado? Fazendo isso, você promove um maior atrito entre o látex das duas camisinhas e o risco de uma delas – ou as duas – romper-se é beeeem maior. Ou o seu parceiro usa camisinha ou você. Os dois juntos, não rola!
6. “É verdade que a camisinha é 99% confiável?”
Se usada corretamente, ela tem realmente o índice de 99% de segurança. O problema é que muitos homens não sabem colocá-la corretamente ou a colocam de maneira afoita. Daí ela acaba estourando, por exemplo, e esse índice cai lá pra baixo. Por isso, meninas, saibam que não é climão nenhum corrigir o parceiro caso repare que ele está fazendo algo errado ou está um pouco inseguro. Conhecimento nunca é motivo de vergonha, viu?
7. “Só o preservativo é suficiente ou é melhor eu usar outros métodos contraceptivos?”
Se usado corretamente, o preservativo já faz um bom serviço. Não é preciso nem dizer que ele deve ser usado sempre, em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral e anal, né? Agora, se você quiser sentir-se ainda mais segura, vale investir em algum outro método contraceptivo. Na adolescência, o mais comum é a pílula anticoncepcional, mas existem outras ( como você pode ver clicando aqui ). Consulte um ginecologista e saiba qual método é o mais seguro e indicado para você.
8. “É preciso trocar a camisinha durante a transa? Como sei que está na hora de colocar uma nova?”
Sim, é preciso. Toda vez que o menino ejacular, é preciso remover a camisinha, enquanto o pênis ainda estiver ereto. Para removê-la, basta segurar a parte da camisinha que está perto da base do pênis (do outra lado da pontinha), retirá-la com cuidado e dar um nós para que o sêmen não escorra. Se o rapaz tirar o pênis da vagina e deixá-lo fora dela por um tempo, mesmo que não tenha havido ejaculação, é importante trocar o preservativo também, porque ele pode ressecar e estourar na próxima penetração.
9. “Dá para saber se a camisinha furou ou não?”
Uhum. O preservativo masculino é o mais utilizado. Nesse caso, o menino, normalmente, é aquele que consegue perceber com mais facilidade se ele furou ou não. A textura do sêmen e do lubrificante da camisinha são diferentes. Então, dá para notar, sim. Contudo, na dúvida, já sabe, né? Faça um teste de gravidez de farmácia.
10. “Essas camisinhas mais diferentes, que brilham no escuro e têm sabor, são mesmo confiáveis ou a tradicional é mais segura?”
Isso vai depender muito do fabricante. Se o fabricante for confiável, não há nenhum problema se a camisinha brilha, pisca, tem sabor, cheiro, se é da farmácia ou do posto de saúde. Uma dica infalível é verificar sempre se o preservativo tem o selo de segurança do Inmetro na embalagem. Se tiver, e se ele for manuseado corretamente, não tem erro.
Vale reforçar que em uma vida sexual ativa, o uso da camisinha deve ser um hábito. Nada de usá-la só de vez em quando. Portanto, não sinta vergonha de exigir o uso do preservativo quando for transar com alguém. E se tiver mais alguma dúvida, escreva pra gente (capricho@abril.com.br)!