Na última quarta-feira, 15, Kay Ivey, governadora do Alabama, nos Estados Unidos, precisou sancionar uma lei aprovada apenas por homens no Senado. O aborto foi proibido no estado até mesmo em casos de estupro. A única exceção é em casos em que a mãe corre risco de morte.
O ato sancionado, intitulado “Ato de Proteção da Vida Humana do Alabama”, não responsabiliza totalmente a mulher pelo aborto. A pessoa responsável pelo procedimento também pegaria de 10 a 99 anos de prisão, de acordo com o texto.
“Essa legislação é um poderoso testemunho da crença profundamente arraigada dos cidadãos do Alabama de que toda vida é preciosa e que toda vida é um dom sagrado de Deus“, disse a governadora do Alabama. A lei foi aprovada no Senado por 25 homens. Nenhuma mulher esteve participação na assembleia.
A modelo Cara Delevingne se pronunciou no Instagram sobre a medida: “Homens não deveriam fazer leis que dizem respeito ao corpo das mulheres”, disse.
A atriz Sophie Turner também postou uma imagem no Instagram de políticos republicanos ironizando situações de estupro. “Nosso corpo, nossas escolhas”, escreveu.
O cantor Liam Payne usou as redes sociais para dizer que, geralmente, não comenta sobre política, mas que o recente acontecimento havia pegado ele de jeito. “Aborto é um direito das mulheres”, opinou.
Algumas cidadãs do estado do Alabama já estão protestando contra a lei. Elas estão usando como referência The Handmaid’s Tale, conto de Margaret Atwood que se tornou uma série televisiva de sucesso. “Sweet home Alabama, where the skies are so blue”… mas, agora, não mais tão azul.