Harvey Weinstein, ex-produtor de cinema, de 67 anos, foi sentenciado a 23 anos de prisão por dois casos de violência sexual. Weistein, produziu filmes que foram sucesso nos anos 90 como Pulp Fiction e Shakeaspeare Apaixonado, fundou a Miramax, e era uma figura poderosa dentro de Hollywood. O ex-produtor foi condenado a pena no dia 24 de Fevereiro mas, só ouviu a sentença na última quarta-feira, 11.
Weistein foi considerado culpado pelo júri por agressão sexual em 1º grau por praticar sexo oral forçado em Mimi Hayedi, ex-assistente de produção. O ex-produtor de Hollywood também foi declarado culpado pelo estupro em 3º grau da ex-atriz Jessica Man, em 2013. Harvey tinha outras três acusações, duas de predador sexual, crime que poderia levar a sentença de prisão perpétua, e uma por estupro em 1º grau de Jessica Mann, mas foi absolvido.
O juiz James Burke determinou que Weinstein fosse preso imediatamente após a condenação no dia 24, mas o ex-produtor começou a sentir dores no peito e precisou ser levado ao hospital Bellevue, em Nova York, ser internado e passar por uma cirurgia cardíaca. Na quinta-feira, 5, foi transferido para o presídio de Riker Island, onde está em uma cela especial. Em breve, o ex-produtor será transferido para uma cela comum.
Depois que o movimento #MeToo ganhou força na internet em 2017, mais de 80 mulheres mulheres criaram coragem e denunciaram atos inadequados de Weinstein. A sentença do caso, um dos que mais repercutiu nos Estados Unidos nos últimos anos, tem um valor importante para o movimento.
Harvey usava seu pode na indústria para ameaçar mulheres, coagir atrizes e mascarar seus crimes dizendo que era assim que Hollywood funcionava. Atrizes como Angelina Jolie, Cara Delavigne e Gwyneth Paltrow se pronunciaram em 2017 sobre assédios cometidos por Weistein depois que o #MeToo explodiu.
Uma das vítimas de Weistein, a atriz e roteirista Jasmine Lobe destacou a importância da condenação do ex-produtor em um e-mail para o Huffpost: “Harvey Weinstein agora é um estuprador condenado e é assim que ele será lembrado” diz e acrescenta: “noventa e oito por cento dos acusados de estupro nunca chegam a ser levados a julgamento e continuam a ser supostos(…) Nossas vozes foram ouvidas. Acreditaram em nós“, disse Lobe.