A jovem Jackline Chepngeno, de 14 anos, foi expulsa da sala de aula por uma professora por causa da menstruação. Ela não percebeu a chegada da menarca e acabou sujando um pouco a carteira. As informações são do jornal The Daily Nation.
Toda a situação vexatória à qual a aluna foi exposta aconteceu na última sexta-feira, 13, em uma escola na cidade de Kabiangek, no Quênia. Beatrice Koech, mãe da adolescente, disse que a menina não esperava ficar menstruada e que, por isso, não tinha um absorvente na mochila. O sangue vazou e ela foi chamada de suja pela professora antes de ser convidada a se retirar da sala.
Na sequência, bem possivelmente por vergonha, a garota morreu por suicídio. A notícia chegou aos estudantes, que se uniram para protestar contra a escola. Muitos foram suspensos pelo ato.
Vale ressaltar que a África é um dos locais em que a pobreza menstrual mais faz vítimas. Em 2017, foi aprovada uma lei que exige que as escolas disponibilizem absorventes gratuitamente para as alunas, mas nada ainda aconteceu.
No Twitter, Esther Passaris, que faz parte da Assembleia Nacional do Quênia, postou a imagem de uma reunião que aconteceu para discutir o caso: “Juntamente com outras deputadas, sitiamos o Ministério da Educação em protesto pela menina de 14 anos que se suicidou após uma professora ridicularizá-la publicamente“, escreveu.