Adolescentes que agrediram casal de lésbicas são condenados em Londres
Depois de meses, jovens confessaram o crime à polícia e vão responder por seus atos grotescos e homofóbicos.
É difícil esquecer algo do tipo, mas, caso você não se lembre, em maio deste ano, um casal de mulheres sofreu um ataque homofóbico por um grupo de adolescentes dentro de um ônibus em Londres, na Inglaterra. Em uma postagem no Facebook, Melania Geymonat compartilhou uma foto ao lado da namorada Christine Hannigan em que as duas estão cobertas de sangue e relatou a agressão. O caso tornou-se público em junho.
As namoradas teriam sofrido a violência após alguns adolescentes as chamarem de lésbicas, sugerir atos sexuais e tentar forçá-las a se beijar para entreter o grupo. Após o casal ter se negado a ceder às provocações, as agressões físicas começaram. As mulheres sofrerem golpes no rosto. Além disso, bolsa e celular foram levados. Em junho, a até então primeira-ministra Thereza May chegou a comentar o caso e lamentou: “ninguém jamais deve esconder quem é ou quem ama e devemos trabalhar juntos para erradicar a violência inaceitável contra a comunidade LGBT”.
Recentemente, os adolescentes acusados de agredir o casal se declararam culpados. Os jovens responderão por crime de ódio agravado pela Lei da Ordem Pública, acusação de roubo e assalto. Um dos adolescentes, o de 17 anos, assumiu a culpa no último dia 28, por ofensas de ordem pública, enquanto os outros dois adolescentes, um de 15 e outro de 16, declararam cometer crime de ódio agravado e manusear mercadorias roubadas.
No dia 29 de novembro, a juíza responsável pelo caso, Susan Williams, disse à corte que as “duas mulheres estavam sendo incomodadas, perseguidas e intimidadas por ser quem são”. A juíza determinou que as ações de um dos jovens, O de 17 anos, foram motivadas por hostilidade em relação à sexualidade.
Chris Hannigan, uma das vítimas, disse que foi assustador e que “primeiro, eles foram verbalmente agressivos e depois transformaram isso em algo físico”. Melanie Gaymont, sua parceira, afirmou que “se sentiu intimidada e humilhada”.
Lamentamos que casos como esse ainda (a-i-n-d-a) aconteçam.