Na última segunda-feira, 15, o Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná recebeu uma denúncia de estupro. De acordo com a vítima, a agressão sexual veio como uma espécie de punição praticada por eleitores contrários ao posicionamento político da jovem.
O CACS usou o Facebook para se posicionar com relação ao caso: “a gestão ¡Aquí se Respira Lucha! foi comunicada de uma denúncia anônima sobre um caso de estupro ocorrido dentro do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, cometido por apoiadores do candidato Jair Bolsonaro contra uma mulher que usava o adesivo da campanha #EleNão. Viemos por meio desta nota expressar nosso repúdio, além de nos colocarmos à disposição da vítima para auxiliá-la no que for necessário, inclusive para tomar medidas legais e na procura de apoio psicológico”. Além disso, o Centro Acadêmico relatou que pichações de “B17” e suásticas foram encontradas recentemente nas paredes da sede do CA. “Nesse momento de profunda intolerância política(…) precisamos nos colocar na linha de frente da luta cotidiana do movimento estudantil”.
A CAPRICHO entrou o contato com o CACS, que informou que continua apurando o caso sem nunca “colocar em descrédito o relato da vítima, pois o tempo todo vítimas de estupro são culpabilizadas”. “Como colocado na nota, a denúncia foi anônima, então não tivemos contato com nenhum dos envolvidos. A denúncia foi feita através do portal Mapa da Violência, em que estão sendo postadas outras denúncias de casos similares. Pra além disso, estamos apurando as informações junto às devidas instâncias da universidade. Seguimos a disposição da vítima“, foi o posicionamento do CA.
A CH também entrou em contato com a Universidade Federal do Paraná, que até o momento não se posicionou. “Fui estuprada por garotos no Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFPR por estar com um adesivo do #EleNão. Tive que fazer sexo oral a força com eles ameaçando(…) me violaram”, diz o relato publicado no Mapa da Violência.