Continua após publicidade
Continua após publicidade

Após 130 anos, enfim duas mulheres ganharam juntas o Nobel de Química

As cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna desenvolveram uma tesoura genética capaz de alterar e cortar uma parte específica do DNA

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 7 out 2020, 19h40 - Publicado em 7 out 2020, 15h26
colecao-roupas-capricho-marisa
Divulgação/CAPRICHO

Nas palavras do secretário geral da Academia Real de Ciências da Suécia, Göran Hansson, as cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna “reescreveram o código da vida”. A dupla foi laureada na manhã desta quarta-feira (7/10) com o Nobel de Química por um trabalho de “desenvolvimento de métodos para editar o genoma”.

Incluindo Charpentier e Dodna, até hoje 5 mulheres receberam o Nobel de Química The Washington Post / Colaborador e Maja Hitij / Equipe/Getty Images

As cientistas desenvolveram a tesoura genética CRISPR / Cas9, “uma das ferramentas mais afiadas da tecnologia genética”, segundo o comitê organizador do prêmio. Essa fermenta permite alterar e cortar uma parte específica do DNA de células de microrganismos, plantas e até animais.

Continua após a publicidade

“Hoje podemos editar basicamente qualquer genoma e responder todos os tipos de perguntas. E isso pode ser usado para corrigir falhas genéticas, como a que causa anemia falciforme”, explicou o químico Claes Gustafsson.  O comitê disse que a ferramenta “teve um impacto revolucionário nas ciências da vida” e está contribuindo para as pesquisas de novas terapias contra o câncer.

Com Charpentier e Dodna, em 130 anos do prêmio Nobel, apenas 22 vencedores foram mulheres, contra 662 vezes em que homens receberam o prêmio – evidenciando que, apesar dos avanços, ainda existe um abismo de desigualdade entre homens e mulheres dentro das áreas da ciência.

Continua após a publicidade

É a primeira vez que duas mulheres ganham o Nobel de Química juntas e, antes delas, apenas cinco tinham recebido o prêmio na categoria, sendo a primeira Marie Curie em 1911 e a última Frances H. Arnold em 2018. Neste ano, além das dupla, a astrônoma estadunidense Andrea Ghez também foi premiada ao lado de dois cientistas por uma pesquisa sobre buracos negros.

Espero que essa premiação ofereça um exemplo positivo, especialmente para as jovens que queiram seguir o caminho das ciências, mostrando que as mulheres também podem ganhar prêmios mais importantes e ter um impacto positivo nas pesquisas” disse Chapentier. As vencedoras receberam o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, que corresponde a cerca de R$ 6,3 milhões.

Continua após a publicidade

Já segue a CH nas redes sociais?
INSTAGRAM | TIKTOK | TWITTER | FACEBOOK | YOUTUBE

Publicidade

Publicidade