Thais Carla, bailarina da Anitta, é conhecida na internet por criar conteúdos no YouTube e no Instagram que levantam a bandeira plus size e incentivam as mulheres a se aceitarem (e se amarem) do jeito que são. Na última semana, ela publicou um vídeo em seu canal relatando as dificuldades que uma pessoa gorda passa durante uma viagem de avião, como se acomodar no assento ou usar o banheiro. “É triste essa situação que eu vou ter que mostrar para vocês”, ela diz no começo do vlog.
No vídeo intitulado, “Entalada no avião: como viajar sendo gorda”, Thais mostra alguns problemas que enfrenta quando decide viajar: dificuldade para passar no corredor entre os assentos, poltronas estreitas, necessidade de pedir extensor para o cinto de segurança e a incapacidade de usar a bandeja reservada para alimentação. No final do vídeo, a bailarina declara que decidiu mostrar a realidade plus size nos transportes públicos para expor uma estrutura claramente não pensada para pessoas gordas, e não para aumentar o medo de quem já evita fazer uso desses meios de locomoção. “Eles que têm que ter vergonha, não a gente, do jeito que eles fazem o transporte público. Não tem um pingo de sensibilidade com nada“, afirma.
O vídeo, contudo, também alcançou quem não devia. No Twitter, o comediante Danilo Gentili, nome frequente em polêmicas envolvendo preconceito, decidiu fazer “piada” da situação: “eu nunca vi essas pessoas reclamarem que a cadeira do McDonald’s é pequena”. O comentário totalmente desrespeitoso e desnecessário também foi reproduzido no próprio vídeo publicado no canal de Thais Carla, no YouTube.
Como resposta, Thais Carla rebateu o comentário gordofóbico de Danilo em uma publicação no Instagram. “Como um cara consegue ver graça nisso? Será que o humor é mesmo rir da desgraça do outro? Ou será que é preciso humilhar o próximo para se sentir melhor…“, diz no texto. Seguidores e artistas como Alice Wegmann, Preta Gil e Alexandra Gurgel demonstraram apoio e reforçaram que #GordofobiaNãoÉPiada.
Rir do problema de outra pessoa é muito mais que desrespeito e maldade. É, na verdade, o mínimo sinal de que você já perdeu sua própria humanidade – e não venha culpar o politicamente correto!