E aí, galera!? Aqui é a Isabella Vieira e eu vim compartilhar que faltam cerca de três semanas para o meu aniversário de 18 anos – que é no dia 3 de julho. Acho que esperei mais por essa data do que pelos meus 15 anos! Não vim falar sobre a comemoração em si, mas sobre o contexto que faz ela ser especial.
No Brasil, é muito comum que a gente termine o Ensino Médio com 17 anos e foi o que aconteceu comigo. Na escola, eu achava um ~porre~ seguir várias regras e ter uma postura diferente por ser um ambiente rígido e religioso, que ia contra minhas ideologias. Eu tinha que lidar cotidianamente com atitudes repressivas e jurava, de pé junto, que não sentiria saudade daquele lugar. Até o dia em que eu saí.
Sair do Ensino Médio é um dos primeiros passos da maioridade. Você sai da sua zona de conforto, mesmo que às vezes seja desconfortável, para tomar suas próprias decisões e andar com os próprios pés. Parece lindo falando, mas ninguém te diz que é você que vai arcar com as consequências dessas escolhas e nem sempre a gente sabe que escolha fazer ou que uma escolha deve realmente ser feita. Fora da escola, nossos anos não são divididos em séries ou turmas. É o primeiro passo para fora do ninho e você está solto em um mundo infinito de possibilidades.
Nosso cotidiano fora da escola muda muito, independentemente de cursar ou não uma faculdade logo em seguida. Seja no cursinho, em um intercâmbio ou em casa, a gente acaba crescendo e vendo que a idealização do mundo, do futuro e dos nossos pais não cabem mais na realidade. A vida pode não ser tão colorida, mas talvez seja um livro de colorir.
Se aproximar mais da realidade dos outros e quebrar o super-heroísmo da nossa imagem de pai e mãe se torna muito importante para podermos criar nossa identidade. Reconhecer os próprios erros e dos outros é uma maneira de tentar não cometê-los novamente. Todo esse processo pode ser muito doloroso e começar a efetivamente cortar o cordão umbilical não é fácil, mas é necessário.
Todo o decorrer desse tempo me fez pensar que o ser humano é muito grande para tentar se adequar a um esteriótipo. Ser moralista não é saudável, porque enquanto apontamos o dedo para o outro, outros três estão apontados para nós. Pequenas hipocrisias são necessárias. Não existe alguém não hipócrita e tá tudo bem, o ser humano é feito de paradoxos. O importante é ser feliz! A gente não precisa abraçar uma causa inteira. Nossa individualidade é feita de recortes e isso nos torna únicos. O bonito não é todo mundo ter a mesma opinião e o mesmo pensamento sobre a vida, mas sim ter o pensamento crítico e a tolerância para respeitar e entender a opinião dos amiguinhos.
Beijos,
@vieiraisabellaa