Até que ponto a vida imita a arte e a arte imita a vida? Franco Alonso Lazo Medrano, de 23 anos, se suicidou na última segunda-feira, 5, no distrito de Cayma, no Peru. De acordo com os peritos da investigação, o jovem deixou fitas gravadas para os supostos “culpados” pela sua morte, assim como a personagem Hannah Baker (Katherine Langford) faz em 13 Reasons Why.
De acordo com o perito Humberto Flores Cáceres, Franco se jogou da janela do seu apartamento no quarto andar de um prédio e chegou ainda vivo ao hospital, mas logo foi declarado como morto. Uma das fitas gravadas estava endereçada a Claudia, garota de quem supostamente o futuro engenheiro industrial gostava. O sentimento, contudo, não era recíproco.
O coração partida não foi a causa da morte, mas a do suicídio, segundo informações da publicação peruana Diario Clarín. Franco teria assistido recentemente ao seriado da Netflix e claramente se inspirado em Hannah Baker para arquitetar seu plano final. Essa é, inclusive, uma das principais discussões sobre a série: até que ponto ela pode funcionar como um estopim para quem enfrenta problemas psicológicos?
O futuro engenheiro estava em frente à mãe quando se matou. A mulher assistiu a tudo sem poder fazer nada. Foi tudo muito rápido, de acordo com ela. As investigações descartam envolvimentos de terceiros na morte do estudante da Universidade San Pablo. Na época em que o seriado foi lançado, uma reportagem do Diario Clarín questionou o fato de a trama causar mais malefícios que benefícios à saúde de quem assiste.
Com a segunda temporada confirmada, a discussão sobre 13 Reasons Why parece estar longe de terminar. Será que a série realmente é um estopim para jovens que já tenham problemas psicológicos e pode inspirá-los a cometerem suicídio ou não? Será que o caso de Franco foi apenas uma coincidência?
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