Coisas que você ainda usa, não são recicláveis e poluem o planeta por anos
Esses produtos vão continuar existindo no meio ambiente mesmo após a sua morte. Sim, é assustador.
Você já ouviu falar nos 4Rs da sustentabilidade (reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar)? Eles são lindos na teoria, mas, na prática, não solucionam o problema mundial e de saúde pública que é o descarte de produtos, mesmo aqueles que são descartados corretamente. Isso porque cerca de 1,5 bilhão de toneladas de resíduos sólidos são descartados anualmente no planeta, que não suporta mais lixo. A maioria dos resíduos é plástico, o que torna o cenário ainda mais desesperador, visto que apenas 9% de todo o lixo plástico já produzido no mundo foi reciclado – no Brasil, o total de plástico reciclado até hoje é de 1,3%. Sem contar que o país deixa de lucrar R$ 14 bilhões com reciclagem de lixo, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais obtidos com exclusividade pela CNN.
Exatamente por isso, o “R” mais importante é aquele que não aprendemos na escola ou vemos em campanhas de reciclagem: o de recusar. Afinal, quando você recusa um produto, você nem chegar a produzir um lixo. Hoje no mercado há também opções mais ecológicas, que cabem no bolso de todos, é só saber onde comprar. Ou melhor, investir! No caso, no seu futuro e no da sua família.
Confira a seguir uma lista de coisas que provavelmente você ainda usa, não são recicláveis e vão continuar existindo na Terra mesmo após sua passagem por ela:
1. Esponja de pia/banho: demora mais ou menos 100 anos para se decompor
As buchas sintéticas são um perigo para o meio ambiente, além de guardarem mais sujeira que as duchas vegetais, conforme mostra estudo realizado pela rede BBC. Para se ter uma ideia, uma esponja de pia pode conter até 200 vezes mais germes e bactérias do que o assento sanitário.
2. Escova de dente convencional (de plástico): demora mais ou menos 400 anos para se decompor
Algumas grandes empresas já estão produzindo escovas de bambu, mas elas costumam ser muito mais caras que aquelas produzidas por fabricantes menores. Na internet, já é possível encontrar opções ecológicas de R$ 13 e até kits com dez escovas por cerca de R$ 50.
3. Haste flexível de plástico: demora mais ou menos 450 anos para se decompor
Os populares “cotonetes” são um dos lixos plástico mais encontramos em praias, sendo depositados na areia pela maré. Um pacote com 75 unidades do convencional custa cerca de R$ 2,50, já um pacote com 75 unidades da haste de papel sai por volta de R$ 3,50. Um real pode ser muita coisa, mas, se não for muito para você, não pense duas vezes antes de fazer a substituição.
4. Absorvente descartável: demora mais ou menos 100 anos para se decompor
Se você acha que calcinhas menstruais, absorventes de pano e coletores são mais caros, você caiu numa baita fake news! Você sabia que os absorventes descartados equivalem a 220 m em um aterro sanitário? Ao usar uma opção mais sustentável, você vai deixar de consumir uma média de 500 absorventes por ano. No bolso, a longo prazo, a economia também poderá ser sentida.
5. Latas de alumínio: demoram de 200 a 500 anos para se decompor
Aerossóis no geral, desde desodorantes a inseticidas domésticos passando por aromatizadores de ar, são um crime para o meio ambiente durante e após a vida útil deles. A preocupação com a embalagem do produto deve afetar todos nós.
6. Copos de plástico: demoram mais ou menos 400 anos para se decompor
Sabia que até aqueles “copos de papel” possuem ingredientes derivados do plástico na composição? Isso porque, caso contrário, eles se dissolveriam a medida que o líquido fosse depositado neles. Os biodegradáveis são um pouco menos nocivos, mas não deixam de ser um problema. Sempre que puder evitar produtos descartáveis de vida curta, como copinhos, pratos, talheres e canudos, evite.
7. Baterias e pilhas: demoram de 100 a 500 anos para se decompor
De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, o Brasil utiliza 1,2 bilhão de unidades de pilha todos os anos – e esse número aumenta drasticamente quando colocamos na lista lixos eletrônicos. “O líquido presente no interior dos dispositivos se trata de um produto não biodegradável e sem decomposição, que ocasiona a contaminação quando é despejado sob o solo, lençol freático, rios e o percurso d’água. Sendo prejudicial a hidrografia e a agricultura, o que causa danos irreparáveis no meio ambiente e plantações”, informa reportagem da empresa Dinâmica Ambiental.
8. Garrafas PET: demoram mais ou menos 450 anos para se decompor
Sabe qual foi o principal erro do ser humano? Se empolgar com a praticidade e o custo benefício do plástico, e começar a produzir loucamente produtos feitos do material sem pensar nas consequências e no descarte. Típico do oportunismo capitalista. A gente andou pra trás em muitas questões, como o fato de termos abandonados os refrigerantes em embalagens retornáveis de vidro e os substituídos por refrigerantes em embalagens PET. Não é nem mais barato nem melhor pro meio ambiente. Quando comprar, prefira os em lata.
9. Caixinhas cartonada: demoram mais de 100 anos para se decompor
Com leite, não tem muito o que fazer, porque ou encontramos em caixinhas de longa vida ou em garrafas PET. Mas com suco é fácil! Que tal substituir os industrializados pelos naturais? Além de mais saudáveis, é muito mais barato comprar a fruta em si e preparar a bebida em casa que comprar a bebida pronta
10. Isopor: demora mais de 150 anos para se decompor
O produto é hoje um dos microplásticos mais nocivos para os animais, em especial os marinhos. Evite ao máximo consumir embalagens de isopor!