Por Marcela Bonafé
Salut! Dizer precisamente o custo de um intercâmbio é difícil, afinal isso depende de duração, da empresa, do destino escolhido e até mesmo da época do ano. Por isso, fazer bastante pesquisa é imprescindível. Mas eu quero dividir aqui aquilo que vai além do pacote que você fecha e que também precisa ser levado em conta.
Geralmente, tem gente que pensa que, fora o curso, a acomodação e as passagens, vai gastar basicamente com comida, transporte e, se quiser, comprinhas. Doce ilusão! Não estou dizendo que você vai gastar muuuuito mais, mas a questão é que, no fim das contas, quando você já está lá no intercâmbio, acaba precisando de coisas que não previa. Por isso que vim aqui dar dicas e compartilhar descobertas.
Mesmo que você escolha ficar em casa de família e fazer as três refeições do dia por lá, pode ter certeza que vai acabar gastando com comida: seja com o lanche para levar para a escola, na iguaria típica do lugar que você precisa provar ou no restaurante em que todos os seus amigos vão e você quer ir junto. No meu caso, escolhi a residência estudantil, então preciso cozinhar. Consequentemente, gasto com mercado toda semana uns U$S 50 dólares (cerca de R$ 150) mas sempre acabo comendo, pelo menos uma vez na semana, fora com o pessoal, e aí já vão uns US$ 20 dólares na refeição.
Outro gasto que rola é com atividades. Pode ser uma viagem de final de semana, como fiz para Toronto, por exemplo, ou para entrar nos pontos turísticos da cidade em que você está – mas isso você talvez já imagine. Só que sempre vão surgir outros programas legais para fazer com os amigos. Essa semana, por exemplo, fui a um lugar de laser tag. Não tinha sido planejado, mas eu realmente queria participar disso com a galera, então tive que desembolsar uma graninha.
Transporte também é inevitável, mesmo se você faz a maioria das coisas a pé, como eu. Uma hora ou outra você vai precisar pegar um ônibus ou usar o metrô para ir a lugares mais distantes. Mas aí tem uma coisa boa: se você utiliza esses meios frequentemente, em alguns países tem a opção de comprar um bilhete mensal que sai mais barato. Meus amigos que moram em casa de família mais afastadas têm um que chama Opus e compensa muito.
Fora tudo isso, pode ser que em algum momento você precise comprar um remédio na farmácia, uma roupa de emergência, um item de material escolar que ficou faltando, um potinho para levar o lanche, cosméticos que forem acabando, presente para o amigo que vai fazer aniversário, uns produtinhos de limpeza, pagar para lavar a roupa e por aí vai. Imprevistos acontecem, minha gente!
Ah! E não podemos esquecer de um detalhe importante: celular! Se você vai ficar por pouco tempo, sobreviver no modo avião e pegando wi-fi onde puder é de boa. Mas se vai ficar uns meses, talvez valha a pena comprar um chip pré-pago ou até mesmo fazer um plano pós, como optei. Existem várias opções, com preços variados, e você só precisa encontrar o que mais tem a ver com você. Por aqui, o plano me sai pela ~bagatela~ de US$ 56 dólares mensais (salgadíssimo, mas compensa já que economizo com tantas outras coisas e a internet é incrível de boa).
Tudo isso para dizer que mesmo que você seja uma pessoa virginiana planejadíssima com o dinheiro como eu (risos), os gastos não vão ser exatamente como o planejado. Então, as minhas dicas são: sempre pesquise bem os lugares mais baratos (farmácias, mercados, lanchonetes) e as promoções, evite ficar gastando tanto no começo com coisas supérfluas, deixe para fazer compras mais para o final da viagem que aí você terá uma noção do quanto sobrou, dê uma boa economizada antes da viagem e aposte no cartão pré-pago porque fica mais fácil de controlar os gastos!
Então, se pensa em fazer intercâmbio, já vai abastecendo o cofrinho!
Bisous,
Ma Bonafé