Tudo começou em 2002, em Londres, na Inglaterra, com uma exposição chamada Game On. Ela reuniu toda a história dos games, desde o PDP-1, primeiro computador produzido pela DEC (Digital Equiment Corporation) nos anos 60, até os jogos mais moderno de realidade virtual, em um único lugar. O sucesso foi tanto que o Barbican Centre, centro de artes britânico, levou a mostra para outros países. Nesta quarta-feira, 16, ela chega ao Brasil com o nome A Era dos Games, mais precisamente na Bienal, no Parque do Ibirapuera, onde fica em cartaz até o dia 20 de agosto.
A exposição é divida em áreas que mostram desde os primeiros computadores e fliperamas até os mais variados modelos de consoles, estilos de jogos e controles disponíveis no mercado. Como é interativa, os visitantes podem testar quase tudo – algumas raridades estão bem protegidas para não se danificarem com o toque humano. Eu, Isa Otto, repórter de comportamento da CAPRICHO, conferi a exposição na última quarta-feira e conto o que mais curti nas cinco horas em que precisei me dedicar a uma tarefa árdua: jogar videogames! (ironia detectada com sucesso)
Um dos pontos altos da mostra é, sem dúvida, uma enorme bola, chamada Virtual Sphere, que fica no setor de games modernos e ultratecnológicos. Você entra nela e, feito um hamster (call me, Hamtaro!), começa a correr em círculos. Só que os óculos de realidade virtual te transportam para o meio do nada, literalmente. Em uma espécie de fazenda, você precisa se esquivar de pedras e cercas. A experiência é bem interessante, mas cansativa. Vai pensando que gamer não queima umas calorias jogando, vai!
E por falar em vida fitness dos apaixonados por games, a mostra contra com uma salinha “secreta”. Dentro dela, o visitante pode se dividir entre partidas de Just Dance e performances no Rock Band. O intuito do espaço fechado é trazer mais comodidade e confiança para os visitantes mais tímidos, que, definitivamente, não se arriscariam no meio da galera. Nosso instrumento favorito no Rock Band é a bateria (call me, Ringo Starr!). O catálogo está recheado de bandas clássicas, como The Smiths, Queen e The Beatles.
Outra área bastante divertida é a dedicada aos mais diferentes videogames portáteis. Na exposição, é possível matar a saudade dos bichinhos virtuais e ainda se deparar com aparelhos ainda mais antigos, como esse portátil da franquia Donkey Kong:
A viagem no tempo não para! Hoje, com centenas de opções de jogos online, é bastante estranho pensar que em um passado não tão distante as pessoas precisavam soprar o interior de fitas para “limpar” os games. Calma, eu explico! É que, ao invés de vir na memória ou em CDs, os jogos eram vendidos em fitas. Elas eram de diferentes tamanhos, estilos e formatos, mas as da foto abaixo eram as mais tradicionais – e tiraram muitos gamers do sério nos anos 90.
Um passeio em família, A Era dos Games ainda conta com uma parte dedicada aos jogos infantis, para pais e filhos passarem o tempo. Enquanto os pequenos testam jogos antigos, os grandões se deslumbrarem com os mais atuais. A exposição do Brasil conta ainda com três exclusividades: o espaço dedicado aos games Just Dance e Rock Band, um seção só com jogos de futebol e uma área com criações de brasileiros que ganharam destaque no mercado de games.
Oi? Eu ouvi The Sims? É claro que uma das franquias mais famosas de todos os tempos foi lembrada! Aliás, a parte dedicada aos grandes nomes dos games, como Mario, Sonic e Donkey Kong, é incrível e traz esboços dos personagens. Na mesma área, só que mais ao fundo, arcades de corrida, luta e lógica se encontram disponíveis para os visitantes. Nosso favorito entre todos é o tradicional Pac-Man.
Os ingressos para a exposição A Era dos Games variam de R$ 20 (meia) a R$ 40 (inteira), e são vendidos online e na bilheteria da Bienal. São mais de 150 games icônicos para matar a saudade, experimentar pela primeira vez e redescobrir seu amor pelos videogames.