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É hora de deixar ir? Como saber se um ciclo chegou mesmo ao fim

Você fica ensaiando para dar um basta em algo que já nem faz mais sentido? Vem entender o que pode estar rolando e como deixar o processo mais fácil

Por Juliana Morales 30 jun 2024, 15h00
E

m posts sobre fim de relacionamento ou em anúncio de troca de emprego no LinkedIn, a frase “a vida é feita de ciclos” aparece quase como um mantra. Sim, apesar de clichê, ela traz verdades mesmo. Nada dura para sempre e nossa trajetória é formada por fases. Mas por que, na prática, às vezes é tão difícil fechar um ciclo?

Se você está ensaiando e ensaiando para conseguir dar um basta em algo que não faz mais sentido, não fique se culpando tanto. A psicóloga Bianca Mayumi explica que a dificuldade existe porque encerrar ciclos pressupõe não somente acabar com fatores ruins da relação, mas também aqueles bons que ainda podem existir e que geram apego.

“Não existe uma regra sobre a hora certa de encerrar um ciclo”, ressalta a especialista à CAPRICHO. “O importante é entendermos que o olhar deve ser voltado primeiro a nós mesmas. Quais são os nossos desejos e necessidades? Pensar nisso ajuda a decidir se queremos manter ou encerrar uma relação”, completa.

E, claro, toda essa reflexão deve sempre priorizar nossa saúde física e mental. Nenhum relacionamento vale mais do que isso, certo? Ah, e isso vale para outros tipos de relação, além da amorosa: amizade, família ou trabalho.

Mas como encerrar um ciclo de vez?

Para começo de conversa, Bianca defende que não existe uma forma certa de se encerrar um ciclo. Mais uma vez: é importante entendermos o que é importante para gente. “Se para você é necessário ter uma última conversa para finalizar uma relação, por exemplo, talvez sugerir isso pra pessoa seja um primeiro passo”, exemplifica.

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Mas em todos os casos, vale lembrar que, assim como foi um processo construir a relação com a pessoa, finalizar ela também será gradativo. E, ao longo do fechamento, é preciso ter muito carinho e respeito com os envolvidos e também com a história construída.

“Tentar apagar por completo as memórias não é possível e nem legal”, analisa a psicóloga. E propõe: “Lembranças fazem parte de quem somos. Então, ao invés de tentar excluí-las, que tal tentar enxerga-las de outra forma, ressignificando?”.

É hora de deixar ir e cuidar de você!

Sim, sabemos que não é sempre fácil, mas é possível, viu? E alguns hábitos e comportamentos podem ajudar a passar por esses momentos. Ficam as dicas:

– Aproveite para redescobrir e conhecer coisas que não sabia sobre você mesmo;

– Fique cercada de pessoas que você gosta;

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– Comece a fazer atividades que te fazem bem (como atividades ao ar livre, pinturas, dança, esporte, leitura…);

– Procure ajuda não só da sua rede de apoio, mas também de profissionais.

“Algo que vai ser fundamental em qualquer processo, é conseguir acolher esse momento. Com certeza ele não vai ser fácil, nem gostoso de ser sentido. Mas ele vai ser necessário, e fazer isso com autocompaixão pode ser um primeiro passo para uma nova trajetória“, aconselha a psicóloga.

 

 

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