Elas sofreram bullying por ser gordinhas: a T. deu a volta por cima e a L. não ainda superou
Nem todas as pessoas reagem da mesma maneira às agressões do bullying . Algumas ficam traumatizadas para toda vida e outras resolvem dar a volta por cima e não se deixam abalar com esse problema. A T. M., de 13 anos, era chamada de gordinha, mas ao invés de ficar em depressão, ela deu a […]
Nem todas as pessoas reagem da mesma maneira às agressões do bullying . Algumas ficam traumatizadas para toda vida e outras resolvem dar a volta por cima e não se deixam abalar com esse problema.
A T. M., de 13 anos, era chamada de gordinha, mas ao invés de ficar em depressão, ela deu a volta por cima e resolveu enfrentar o problema.
“Sou meio gordinha e desde a 1ª série do colégio os meninos da minha escola me agrediam fisicamente e psicologicamente por causa disso. Eu sempre fui excluída das atividades e era isolada por todos. Eu só conversava com os professores , e apenas quando eles me perguntavam alguma coisa. Por causa das agressões, troquei de colégio muitas vezes, mas nada fazia parar. Chegou a um ponto em que fiquei muito doente, por cauda do sofrimento que as agressões me causavam. Fiquei preocupada comigo mesma e pedi ajuda. Avisei meus pais sobre o problema e eles procuraram a escola, o que aumentou o diálogo sobre bullying com os alunos. Comecei a frequentar uma psicóloga e uma nutricionista e hoje estou superbem. Se você sofre com o bullying, na maioria das vezes quer fugir dele, se esconder, mas se não se abrir para o diálogo e não enfrentar isso, nunca superará o problema.”
Já a L.B., 18 anos, que também sofria com comentários maldosos por ser gordinha, nunca conseguiu superar os problemas que sofreu nos seus dias de colégio.
“Eu sofro com o bullying desde pequena. Comecei a engordar depois da 1ª série e minha autoestima ficou muito abalada com isso. Alguns meninos do meu colégio nunca perdiam a oportunidade de me zoar por causa disso. Eles me chamavam de gorda, feia e até fizeram uma música sobre mim. Mudei de escola querendo que aquele sofrimento acabasse, mas, coincidentemente, um dos meninos que costumava me zoar se mudou para o mesmo lugar que eu. Em um intervalo, na escola nova, ele me chamou e, só de ouvir ele falar meu nome tive uma crise de choro e tive que ir embora. Mesmo fazendo algum tempo que esse problema passou, eu não consigo superar . Eu não me acho bonita, não gosto de mim mesma, já tive depressão e me automutilei . Hoje posso me considerar melhor, mas só de ver algum desses meninos, mesmo que de longe, tenho crises de pânico.”
A psicóloga Ana Paula Maia explicou pra gente por que, apesar da agressão ser praticamente a mesma em ambos os casos, uma conseguiu superar o problema e a outra não. “O fato de uma ter superado o problema e a outra não pode se dever a vários fatores. A gente é uma caixa de surpresas. Enquanto uns conseguem se resolver, outros surtam completamente. É tudo uma questão de ter o desejo de mudança . A pessoa vê aquilo que os outros implicam e resolve procurar ajuda e se tratar para superar isso. É como vemos no seriado ‘Glee’, onde os personagens trabalham o que não gostam dentro deles. A superação depende também de como essa pessoa tem suporte em casa. Se os pais estão atentos ao problema e apoiam o filho, com certeza as possibilidades de superação são melhores.”.
Se você sofre com o bullying, não se cale e enfrente esse problema. Será melhor para você e evitará que outros passem pelo mesmo que você passou! =)