No segundo trimestre deste ano, o Facebook removeu mais de 7 milhões de publicações contendo fake news sobre o coronavírus. O anúncio da remoção dessas postagens foi feito pela empresa nesta terça-feira (11/8), como parte do Community Standards Enforcement Report (Relatório de Aplicação de Padrões da Comunidade). Entre as publicações deletadas, consideradas um risco à saúde da comunidade, estavam posts com informações falsas sobre o coronavírus, supostas curas e métodos preventivos.
Apesar da remoção dessas postagens, quando o assunto são as publicações sobre as vacinas em desenvolvimento, o Facebook costuma seguir outro critério. Para a Reuters, Jason Hirsch, chefe de política de vacinas do Facebook, disse que a empresa está lidando com a questão de como agir em relação às publicações sobre o tema. “Há um limite para o que podemos fazer até que os fatos se tornem mais concretos”, disse. Hirsch explicou que, quando as publicações não se encaixam na política iminente de dados, elas são classificadas como informações falsas mas não chegam a ser excluídas da rede.
O combate a fake news relacionadas à pandemia não é uma novidade. Em abril, a rede avisou que criaria uma ferramenta destinada a enviar notificações aos usuários que mantiveram contato com fake news e que os direcionaria para uma página com informações checadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Um mês antes, em março, o Instagram também anunciou a tomada de medidas visando combater o compartilhamento de fake news sobre o vírus, entre elas, a criação de uma mensagem educacional que passou a aparecer para aqueles que pesquisassem termos relacionados ao assunto.
Além da remoção das publicações contendo fake news sobre o coronavírus, o Facebook também deletou 22,5 milhões de posts com discurso de ódio. Em comparação ao primeiro semestre, 9,6 milhões de postagens a mais foram excluídas, o que foi explicado através do aprimoramento da identificação desse tipo de conteúdo.
“Isso aconteceu porque expandimos parte de nossa tecnologia de automação em espanhol, árabe e indonésio e fizemos melhorias em nossa tecnologia de detecção em inglês”, disse a rede social. O número de postagens consideradas terrorismo removidas da rede também aumentou: de 6,3 milhões, chegou a 8,7 milhões. Já o número de conteúdos deletados dos chamados grupos de “ódio organizado” teve uma queda, passando de 4,7 milhões para 4 milhões.
