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Ficar até tarde no celular ou tablet pode impactar até a sua alimentação

A utilização das telas pode vir acompanhada de propagandas de alimentos ultraprocessados, e isso não é nada bom.

Por Andréa Martinelli 3 Maio 2024, 13h00
E

i, você aí que está grudado nesta tela – seja do celular, computador, ou tablet lendo este texto – preste atenção: se você continuar a utilizar os dispositivos móveis e videogame até tarde da noite, a sua alimentação pode ser prejudicada.

Mas, CAPRICHO, o que uma coisa tem a ver com a outra? Vamos lá, a gente te explica. Quem fica mais tempo, principalmente à noite no celular, videogames e televisão, tendem a consumir menos alimentos saudáveis nas refeições noturnas. Em vez de frutas, verduras e legumes, a sua dieta pode conter mais alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares e gorduras.

A conclusão está em artigo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicado hoje, sexta-feira (3), na “Revista de Nutrição”.

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Segundo a pesquisa, aqueles que usam até um dispositivo eletrônico costumam consumir menos frutas, verduras e legumes; o uso de até dois dispositivos resulta em maior chance de ingerir doces, e usar três ou mais dispositivos está associado ao consumo de mais ultraprocessados e lanches.

Como a análise aconteceu, CAPRICHO?

Esta análise envolveu 1.396 jovens entre 7 e 14 anos, com e sem sobrepeso, de 19 escolas públicas e 11 instituições particulares, localizadas em regiões diversas em Florianópolis (SC). Informações sobre seus hábitos cotidianos foram coletadas por meio do questionário Consumo Alimentar e Atividade Física de Escolares, aplicado de forma virtual entre novembro de 2018 e dezembro de 2019, como parte do Estudo da Prevalência da Obesidade em Crianças e Adolescentes de Florianópolis.

Conduzido desde 2002 na capital catarinense, o estudo monitora sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes, buscando entender fatores associados a eles. Suas edições anteriores apontaram para tendências de aumento do sobrepeso e obesidade neste público, que foi de 30%, em 2002, para quase 34% no levantamento mais recente.

O uso de telas se destaca como fator associado ao ganho de peso que pode ser modificado. “A utilização das telas pode vir acompanhada de propagandas de alimentos ultraprocessados, que estimulam sua compra e consumo, e que devem ser evitados”, ressalta a pesquisadora Patricia Hinnig, pesquisadora da UFSC e uma das autoras do estudo.

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Ela destaca a necessidade de orientação acerca do uso de telas e da alimentação saudável. “Essas ações podem ser realizadas no ambiente escolar como parte do Programa Saúde nas Escolas ou de atividades de Educação Alimentar e Nutricional. É fundamental alcançarem também as famílias, que estejam associadas a outras ações de promoção da saúde no âmbito da Atenção Primária à Saúde”, indica.

Mas olha só, a pesquisa não para por aqui, viu? A próxima edição do estudo sobre prevalência de obesidade em crianças e adolescentes de Florianópolis está prevista para 2025, a primeira desde a pandemia de Covid-19.

“Será possível avaliar o comportamento da obesidade nos escolares após a pandemia. Com dados de consumo alimentar, atividade física e uso de telas, poderemos avaliar as tendências ao longo do tempo”, explica a pesquisadora.

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Pronto. Terminou o texto? Agora feche o celular, o tablet ou o computador e bora pensar em coisas saudáveis para comer. 😊

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