“Se eu pular do meu telhado vai acabar e eu nunca mais terei que me preocupar com esse sentimento do meu mundo se fechando”. Foi esse pensamento que atormentou Gisele Bündchen no início de sua carreira como modelo. E são esses mesmos sentimentos que passam pela cabeça de muitas pessoas todos os dias. Finalizando o mês de campanha do Setembro Amarelo, a modelo revelou em uma entrevista que sofria de ansiedade e ataques de pânico, chegando a cogitar o suicídio em alguns momentos.
Para a People, Gisele disse que a ansiedade foi sua companheira durante a ascensão rápida para o mundo da moda. “As coisas podem parecer perfeitas do lado de fora, mas ninguém tem ideia do que realmente acontece“, conta. Foi por isso que a modelo decidiu falar mais sobre suas vulnerabilidades. Assim como outras tantas meninas que passam pela mesma situação, Gisele era muito pressionada no início da carreira. “Me diziam que meu nariz era muito grande e meus olhos muito pequenos e que eu nunca estaria na capa de uma revista“, desabafa.
O primeiro ataque de pânico aconteceu durante um voo turbulento em 2003. Depois deste episódio, ela passou a ter medo de lugares fechados, como elevadores e túneis, que dificultam a respiração. “Me senti desamparada. Seu mundo parece menor e menor e você não consegue respirar. É o pior sentimento que já tive“, diz. Mesmo nesses momentos, Gisele confessa que se criticava e sentia que não tinha autorização para se sentir mal. “Eu realmente tive o desejo de só pular de um prédio e nunca mais ter que me preocupar com esses sentimentos”, lembra.
Para lidar melhor com as crises, a modelo passou a fazer uso de medicamentos para ansiedade, mas o que realmente fez diferença foi mudar sua vida ao abandonar alguns hábitos diários. “Eu fumava, bebia vinho e tomava café todos os dias. Parei com tudo do dia para a noite. Eu pensei que se essas coisas eram de alguma forma a causa da dor da minha vida, elas precisavam sumir”, conta.
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Gisele Bündchen irá lançar o livro “Lessons: My Path to a Meaningful Life” (Lições: Meu Caminho Para uma Vida Significativa) em outubro deste ano. “Lembrar de várias histórias que estavam adormecidas dentro de mim me fez sentir vulnerável e emotiva, mas, ao olhar para minhas sombras e inseguranças, aprendi a me aceitar e me amar de uma maneira mais profunda“, escreveu em seu Instagram. A modelo afirma que seu objetivo ao escrever o livro é ajudar de alguma forma quem esteja passando por experiências semelhantes.