m 2022, Elene Deisadze encontrou o perfil de Anna Panchulidze enquanto mexia no TikTok e decidiu seguir a conta por achá-las parecidas. Um tempo depois, as jovens se tornaram amigas e começaram a notar semelhanças que iam além do físico: ambas fariam 18 anos no mesmo dia e tinham sido adotadas.
Foi a partir disso que a desconfiança sobre uma possível conexão familiar surgiu, comprovada por um teste de DNA que indicou que as jovens, hoje com 22 anos, eram irmãs gêmeas.
Nascidas na Geórgia, país localizado na interseção da Europa com a Ásia, Anna e Elene descobriram que sua separação e adoção fazia parte de um esquema criminoso de tráfico humano, muito comum na Europa nos anos 2000.
Ele envolvia agências de adoção e hospitais, que contavam às mães que os bebês estavam mortos e os entregavam aos criminosos. Eles, por sua vez, cobravam quantias exorbitantes dos pais. Anne descobriu, por exemplo, que a mãe adotiva havia pagado cerca de U$ 30 mil – embora não soubesse da origem da criança.
A decisão de comprar o bebê veio do desespero após encarar uma fila interminável na adoção e de descobrir que não conseguiria gerar uma criança.
Segundo levantamento feito pelo Estadão, entre 1950 e 2000, mais de 120 mil crianças foram traficadas na Geórgia e foi só com a mudança de leis nos anos 2000 que o esquema de tráfico humano perdeu força. Agora, as meninas buscam conseguir encontrar seus pais biológicos.
Já imaginou encontrar uma irmã gêmea ou um parente pelo TikTok?