Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou um novo recorde de mortes pelo coronavírus: 881 pessoas em um dia. Nesse espaço de tempo, na manhã da última terça-feira (12/5), Jair Bolsonaro participou do evento de hasteamento da Bandeira Nacional no Palácio do Alvorada. Além de parte da imprensa e funcionários do governo, estava presente o padre polonês Pedro Stepien, famoso ativista antiaborto que faz visitas frequentes ao presidente, levando consigo sempre um grupo de crianças tutelado por ele. Mesmo durante o período de isolamento social, para conter a curva de infectados pela COVID-19, essa visitas não cessaram.
Durante a visita na última terça, todas as crianças usavam uma máscara com os dizeres “diga não à ideologia de gênero”. Bolsonaro então fez um pronunciamento e, em meio a uma pandemia, classificou a lutra contra a causa como “urgência constitucional”, afirmando que deveria enviar no mesmo dia um projeto federal sobre o assunto.
O presidente também recebeu alguns presentes dos jovens, sempre guiados pela fala do padre Pedro Stepien, que, logo em seguida, pediu para as crianças abraçarem o presidente. “Muito obrigada pela consideração, pela dedicação, pelo patriotismo e por Deus acima de tudo”, agradeceu Bolsonaro.
Com relação à pandemia de coronavírus, as últimas informações são de que, nesta quarta-feira (13), o presidente deve discutir com Nelson Teich, novo ministro da Saúde, a ampliação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes diagnosticados com COVID-19. “Se eu for acometido, eu tomo a cloroquina e ponto final. Eu que decido minha vida. Tenho certeza que não vai faltar médico que vai receitar para mim a cloroquina”, chegou a dizer certa vez o presidente, que ainda se nega a divulgar o resultados dos testes de coronavírus que fez.
O Brasil já ultrapassou o número de 12 mil mortos pela COVID-19. Já estamos chegando a mais de 180 mil casos confirmados da doença no país, mas, ao que tudo indica, a urgência constitucional é com relação a um projeto federal sobre ideologia de gênero.