Continua após publicidade

Marielle Franco, vereadora e ativista negra, é baleada no RJ

De acordo com a polícia, oito tiros foram disparados e quatro acertaram a cabeça da vereadora. Motorista do veículo também foi assassinado.

Por Isabella Otto Atualizado em 16 mar 2018, 12h10 - Publicado em 15 mar 2018, 11h24

Por volta da meia noite de 15 de março, uma semana após o Dia Internacional da Mulher, uma trágica notícia movimentou a internet. Marielle Franco, de 38 anos, vereadora do PSOL, foi morta na noite da última quarta-feira, 14, por volta das 21h30, na região central do Rio de Janeiro.

Mídia NINJA/Reprodução

Marielle estava em um Chevrolet Agile, de acordo com informações da Piaui, junto com o motorista Anderson Pedro Gomes. Eles estavam no bairro do Estácio, voltando do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, quando um carro emparelhou com o veículo em que estava Marielle e Anderson. Fogo foi disparado. Segundo a polícia, oito balas foram encontradas no local. Quatro tiros atingiram a cabeça da vereadora, outros três foram direcionados ao motorista, um teria perfurado a lataria. Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes morreram no local.

Em nota, o PSOL lamentou o ocorrido: “hoje nossa esperança se despedaça um pouco. Uma mulher, negra, mãe e defensora da igualdade, nascida e criada na Maré, foi tombada. Não vamos nos calar diante de tamanha brutalidade(…) A todos os familiares da Vereadora e do motorista que a acompanhava e também faleceu, nossa profunda solidariedade. A todas as mulheres guerreiras que sonham e hoje estão inconsoláveis: transformemos nossa dor e indignação em luta!“.

Continua após a publicidade

Ágatha Arnaus Reis, mulher do motorista assassinado, revelou em entrevista à Globo News que o marido estava fazendo um bico para complementar as finanças de casa. “Eu sou funcionária pública do estado. A gente está vivendo um momento horrível. E Deus levou meu marido, não sei com que propósito. Ainda é difícil aceitar”, desabafou.

Fernando Veloso, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, informou ao G1 que duas testemunhas já foram ouvidas sobre o caso. A assessora de Marielle foi a primeira delas. A Polícia Federal, que foi solicitada para investigar o caso, trabalha com a hipótese de execução. “Há outras informações que estão sendo trabalhadas que vão prosseguir. Eles vão voltar ao local no dia de hoje, vão prosseguir na questão de câmeras”, afirmou Veloso.

Publicidade