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Mesmo ferida, professora tentou avisar colegas sobre ataque em creche

Keli Adriane Aniecevski foi uma das vítimas de Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, que invadiu uma creche em SC e matou 5 pessoas na segunda-feira, 4

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 5 Maio 2021, 14h32 - Publicado em 5 Maio 2021, 14h32

Uma das vítimas do atentado na escola infantil Aquarela, no munícipio de Saudades, a 600 quilômetros de Santa Catarina, a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, mesmo gravemente ferida tentou correr para alertar seus colegas e tentar proteger as crianças do ataque. “Ela foi uma verdadeira super-heroína. Conseguiu proteger várias crianças, mas perdeu a própria vida”, disse a prima de Keli, Silvana Ester Helfer, para o Estadão. Fabiano Kipper Mai, o jovem de 18 anos que invadiu a escola e matou duas funcionárias e três crianças, tentou invadir todas as salas, mas as professoras conseguiram trancar as portas a tempo ao ouvirem os gritos, disse o delegado Jerônimo Marçal Ferreira. “Quero exaltar a bravura das profissionais. Imagine o terror pelo qual elas passaram”, afirmou.

A colagem mostra duas imagens. Na primeira, aparece a professora Keli Adriane Aniecevski, usando uma blusa azul marinho. Na segunda, policiais, uma viatura e uma ambulância na frente da escola Pró-Infância Aquarela, no munícipio de Saudades.
Redes Sociais/Jocimar Borba/Imprensa do Povo/Reprodução

Outra vítima de Kipper Mai foi Mirla Renner, de 20 anos, que também trabalha na creche. Mirla também fazia trabalho voluntário Rotaract Club de Saudades, em Santa Catarina e estudava inglês no período da noite. O velório das cinco vítimas do ataque deve ser coletivo e começará as 23hrs desta terça-feira, 5. A única sobrevivente do ataque foi uma criança de 1 ano e 8 meses que sofreu ferimentos no rosto e no tórax e segue em estado grave internada na UTI. 

Segundo o delegado, o jovem entrou na escola as 10hrs da segunda-feira, e estava com duas armas brancas. “É um facão sofisticado, quase parece uma espada, e bem pontudo. Ele estava com uma faca menor, também sofisticada. Algumas pessoas relataram tiros, mas eram artefatos explosivos, bombinhas pequenas para fazer barulho”, explicou.

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“Era muito introspectivo, não tinha muitos amigos e os que tinha se afastou nas últimas semanas. Dormia na mesma cama que o pai. O pai falou que ele tinha medo de dormir sozinho, judiava dos bichinhos da casa, nada grave. Sofreu bullying na escola”, disse Marçal sobre o jovem durante uma coletiva online.

Na casa do autor do crime foram encontradas duas embalagem de facas novas e 11 mil reais em espécie, dos salários que ele guardava. A polícia investiga a motivação do crime e o “objetivo maior é traçar o perfil e ver o que podemos fazer para prevenir outros casos assim”, disse o delegado para o G1.

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