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‘Meus pais não gostam da minha melhor amiga. E agora?’

Três leitoras contam como elasenfrentaram esse problema e dão algumas dicas.

Por Marcela Bonafé Atualizado em 19 nov 2018, 10h00 - Publicado em 19 nov 2018, 10h00
Melhor amiga é aquela pessoa que está sempre ao seu lado, nos momentos bons e ruins, e corresponde todo o seu amor. Geralmente, vocês fazem muitas coisas juntas e não se desgrudam. Mas… e quando os pais não gostam dela?! As coisas podem ficar um pouco complicadas, mas é possível reverter – ou pelo menos amenizar – a situação. Algumas leitoras contam como superaram isso:
A D.D., de 21 anos, conheceu a Mariana* quando entrou na escola. “Ela foi a primeira pessoa de quem gostei, porque tínhamos muito em comum”, lembra. Logo, ela já considerava a Mari sua melhor amiga: “contava tudo para ela e sempre fazíamos as coisas juntas”. Mas, na verdade, a amizade não era exatamente uma via de mão dupla e isso incomodava bastante os pais dela.
“Meus pais odiavam porque sentiam que ela me deixava como segunda opção”, ela conta. Eles não gostavam nem que a filha comentasse sobre a ela. “Falavam que eu era muito burra de ficar correndo atrás de uma pessoa que nem queria ser minha amiga”, completa. Até que um dia a Mariana fez uma festa de aniversário e não chamou a D.D.. Isso foi a gota d’água para os pais dela, mas ela continuava defendendo a amiga.
Aos poucos, as coisas foram melhorando. “Hoje eu posso dizer que somos melhores amigas e meus pais, mesmo com o pé atrás, acabaram começando a aceitar e diminuir a implicância. Ela sempre esta comigo e me ajuda em tudo”, conta. A D.D. nem precisou fazer nada, simplesmente as atitudes da amiga começaram a fazer os pais dela mudarem de ideia. Elas até viajam juntas agora!
Por um lado, no entanto, ela reconhece que a cisma dos pais foi boa de certa forma: “Uma parte de mim concorda com os meus pais. No começo da nossa amizade, ela era meio sem graça mesmo. Acho que foi bom eles não terem gostado dela de inicio, porque isso fez com que ela se esforçasse para mostrar que eles estavam errados“.
A B.F., de 17 anos, também conheceu a melhor amiga na escola. “Foi tão magico quando começamos a ficar amigas. Só que a Carolina* era maluquinha das ideias. Minha mãe já tinha notado isso, mas achava que era coisa de criança”, ela lembra. Mas esse foi, no fim, o principal motivo da implicância dela.
As coisas ficaram um pouco mais estranhas quando, um dia, os pais da Carol não estavam em casa e a amiga foi para lá. “Ela resolveu que queria tomar vinagre. Eu não sabia muito bem o que fazer. Ela foi e tomou”, conta. “Para piorar, quando meus pais chegaram ela ainda estava lá em casa porque a mãe dela sempre buscava ela tarde – e a minha mãe não gostava muito disso”, completa.
A B.F., então, contou para a mãe, na inocência, que a amiga tinha tomado vinagre. “Ela surtou e contou pra mãe dela na hora que ela chegou”, lembra. “A gente parou de se falar por um período, porque minha mãe achava ela doida. Além disso, percebi que ela mentia bastante pra ser a melhor em tudo“, conta.
Depois de um tempo, no entanto, as coisas foram se ajeitando e elas se reencontraram. “Parecia que ela era uma nova pessoa”, completa. Hoje, a B.F. e a Carol voltaram a ser melhores amigas – e ela nem toma mais vinagre. “Minha mãe hoje em dia até que gosta dela, mas chama ela de ‘Doidinha’, porque ela ficou conhecida como doida na minha família toda”, ela brinca.
Já a melhor amiga da V.G., que também tem 17, é uma prima de consideração que não agrada nada o pai dela. “Quando éramos pequenas, era bem raro a gente se ver. Conforme fui ficando mais velha e foi chegando a fase que a gente gosta de sair, começamos a sair juntas”, conta.
A questão é que a Eduarda* é mais velha que a Vi e isso já incomodava um pouco o familiar. “Sempre fiquei rodeada de pessoas mais velhas porque saia muito com ela, aí meu pai começou a achar que ela era má influência”, explica. Ela ainda conta que sempre que dava algum problema nos passeios, ou que ela chegava depois do horário combinado, a amiga estava junto. “Então ele começou a cismar com Duda”, completa. 
“Quando meu pai descobriu que ela beijava homem e mulher, aí pronto. Ele já achou que isso fosse me influenciar”, ela lembra. A amiga, inclusive, sempre percebeu o clima tenso e tinha até um pouco de medo do pai da V.G.. “Eu ficava muito brava com ele, porque ele não a conhecia e estava julgando pela aparência”, ela conta. “Ele até ligava para minha mãe mandando ela me proibir de sair com a Eduarda”, completa.
Ela costumava a discutir com o pai por isso. “Eu falava que ela era minha amiga e ele não podia escolher as MINHAS amizades. Ele deve ter se tocado ou engolido”, ela explica. Eles não resolveram o assunto, apenas pararam de falar sobre para evitar atritos: “Ele não menciona mais isso, nem eu”.
A D.D., a B.F. e a V.G. concordam que, às vezes, os pais podem ter razão – e aí é preciso reconhecer isso. Mas se você achar que eles estão com algum tipo de julgamento errado, o melhor é conversar com eles e mostrar, aos poucos, o porquê daquela amziade ser tão boa. Assim, uma hora eles podem mudar de ideia e acabar enxergando sua bff da mesma forma que você enxerga. 
E você, já passou por isso? Como lidou com a situação?
*Os nomes das melhores amigas foram alterados para preservar a identidade das garotas.
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