Mulheres sírias estariam se matando por medo de estupro em massa
Muitos pais também estariam pedindo permissão para matar as próprias filhas antes de elas serem violentadas e terem a pureza violada.
Que mundo é esse? Uma carta possivelmente escrita por uma síria e compartilhada pelo humanitário Abdullateef Khaled no Facebook choca o mundo. De acordo com o conteúdo, a mulher estaria prestes a cometer suicídio para evitar ser estuprada pelas forças de Bashar al-Assad, também conhecidas como Exército do País, que estão prestes a invadir a cidade de Aleppo.
A veracidade da carta não foi comprovada, contudo, de acordo com matéria publicada pelo O Globo, Muhammad Al-Yaqoubi, famoso líder religioso fugido da Síria, estaria recebendo dezenas de outras mensagens de mulheres que estariam cogitando se matar para não serem violentadas sexualmente e religiosamente, e de pais de estariam cogitando matar suas próprias filhas para protegê-las dos soldados. Esses pais desesperados estariam, então, pedindo permissão para isso, preocupados com o fato de poderem ser condenados religiosamente por isso. “Nós estamos recebendo de Aleppo perguntas como: ‘Pode um homem matar sua mulher ou irmã antes que ela seja estuprada pelas forças de Assad na frente dele?'”, tweetou Al-Yaqoubi.
O desespero nas redes sociais está tomando proporções nunca antes vistas! No Twitter, pessoas estão narrando o cenário inacreditável na cidade síria. Como pode mulheres chegarem ao ponto de cogitarem se matar por medo de serem estupradas por homens que fazem parte de um Exército?! O mais chocante, porém, é pensar que isso sempre foi uma constante em países mais pobres e com guerra. O que está acontecendo com a humanidade? Que mundo é esse? Como lidar com esse sentimento de impotência? 🙁
Confira na íntegra a carta escrita por mulher síria que está circulando nas redes sociais:
Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve será violada. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada de você. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que a minhas orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assuma o lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo se você me condenar ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso, saiba que eu morri pura apesar de toda essa gente.
‘PLEASE, STOP. MAKE THIS STOP!’