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Na reta final da Copa, FIFA contabiliza 45 casos de assédio na Rússia

Autoridades, contudo, lembram que esse número pode ser até duas vezes maior, já que nem todos os casos são denunciados.

Por Isabella Otto Atualizado em 12 jul 2018, 11h10 - Publicado em 12 jul 2018, 11h06

Falta pouco para a grande final da Copa do Mundo 2018, que está acontecendo na Rússia. A competição vai ficar marcada por suas zebras, como a própria classificação da Seleção Russa de Futebol para as quartas de final e a eliminação precoce da Alemanha. Mas ela também ficará marcada pelos casos de assédio, que assombraram e continuam assombrando os brasileiros.

Mulher russa foi assediada por grupo de brasileiros durante a Copa: ‘buc&t@ rosa’. Reprodução/Reprodução

Um levantamento realizado pela FIFA, em parceria com a Fare Network, registrou até o momento 45 casos de assédio na Rússia. 15 dessas mulheres são jornalistas e foram atacadas enquanto trabalhavam e as outras 30, torcedoras. Segundo o relatório, todos os incidentes ocorreram fora dos estádios.

Piara Powar, diretor-executivo da Fare Network, contudo, deixa claro que esse número pode ser até duas vezes maior, já que o levantamento usou como base os crimes que foram relatados online.

Apesar de tudo, Powar se diz satisfeito: “o número de incidentes foi pequeno e os mecanismos que colocamos em prática nos ajudaram muito”. A Rússia é um país extremamente intolerante e homofóbico, e muitos ativistas LGBTQ+ pediram encarecidamente que demonstrações públicas de afeto entre casais homoafetivos fossem evitadas durante o torneio.

“Nossa experiência foi muito positiva. Os russos desempenharam um ótimo papel”, finalizou o diretor da Fare Network. Nós discordamos. Positiva talvez não seja a melhor palavra. Afinal, quantos casos de assédio e homobofia que não foram relatados ficaram de fora desse levantamento? Mas os russos podem ter até surpreendido positivamente os turistas, já alguns brasileiros…

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