Falta pouco para a grande final da Copa do Mundo 2018, que está acontecendo na Rússia. A competição vai ficar marcada por suas zebras, como a própria classificação da Seleção Russa de Futebol para as quartas de final e a eliminação precoce da Alemanha. Mas ela também ficará marcada pelos casos de assédio, que assombraram e continuam assombrando os brasileiros.
Um levantamento realizado pela FIFA, em parceria com a Fare Network, registrou até o momento 45 casos de assédio na Rússia. 15 dessas mulheres são jornalistas e foram atacadas enquanto trabalhavam e as outras 30, torcedoras. Segundo o relatório, todos os incidentes ocorreram fora dos estádios.
Piara Powar, diretor-executivo da Fare Network, contudo, deixa claro que esse número pode ser até duas vezes maior, já que o levantamento usou como base os crimes que foram relatados online.
Apesar de tudo, Powar se diz satisfeito: “o número de incidentes foi pequeno e os mecanismos que colocamos em prática nos ajudaram muito”. A Rússia é um país extremamente intolerante e homofóbico, e muitos ativistas LGBTQ+ pediram encarecidamente que demonstrações públicas de afeto entre casais homoafetivos fossem evitadas durante o torneio.
“Nossa experiência foi muito positiva. Os russos desempenharam um ótimo papel”, finalizou o diretor da Fare Network. Nós discordamos. Positiva talvez não seja a melhor palavra. Afinal, quantos casos de assédio e homobofia que não foram relatados ficaram de fora desse levantamento? Mas os russos podem ter até surpreendido positivamente os turistas, já alguns brasileiros…