Eu sou apaixonada por qualquer coisa que envolva amor, os realitys de relacionamentos são sempre os favoritos! O mais recente visto foi um sobre futuros ex namorados. Isso mesmo, “solteiros à procura”, do Discovey+, é basicamente sobre casais que resolvem se separar e experimentar a vida de solteiro por umas semanas, isso, claro, tendo acesso a vida de solteiro do outro.
A cada semana, os participantes fazem uma cerimônia pra decidir se voltam ou se seguem sozinhos. Que ideia, né? Pois é.
A grande jogada desse reality, pra mim, foi perceber que a insatisfação começa de um lado só. Quase nunca o desamor é mútuo. É sempre alguém do casal que toma iniciativa enquanto o outro se desespera com a possibilidade da perda… E no final, geralmente, era o decidido que se arrepende enquanto o desolado dá a volta por cima e descobre em si um respiro de autoestima.
Sinto uma compaixão vingativa: que delícia ver os humilhados sendo exaltados, e bônus pra quando eram casais héteros onde os homens abusivos choravam que nem criança vendo a ex felizona. A grande lição que fica pra mim desse absurdo é que a máxima de só dar valor quando perde é de uma verdade que chega a machucar.
Tem gente que não é pra depois. Tem gente que é pra viver o momento mesmo que nesse momento você esteja com um pouco de medo do agora e também tem gente que é pra nunca. Independente do instante que chegue, tem gente que é só de passagem.
Que difícil não confundir os dois e ainda mais complicado ter esperança sem ter um vislumbre de certeza. Eu não sirvo pra brincar de amor, por mais telespectadora assídua de Realitys de namoro eu jamais seria participante, e por mais estranho que seja pra alguém que trabalha com humor falar isso: eu não brinco com coisa séria.
Já saí tão machucada de relacionamentos levando na verdade, imagina se eu levo na esportiva!?