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‘Podemos deixar tudo abafado’: atriz lésbica narra dia a dia em Hollywood

Brianna Hildebrand, de Deadpool, conta que agentes hollywoodianos 'sugeriram' abafar seu namoro.

Por Isabella Otto 23 Maio 2018, 11h34

Hoje, Brianna Hildebrand, de 21 anos, é conhecida mundialmente como a Míssil Adolescente Megassônico dos filmes Deadpool. Poucas pessoas sabem, no entanto, que a caminhada para “chegar lá” não foi fácil. A atriz, que é lésbica, precisou rebater muitos comentários preconceituosos e engolir muito sapo.

Reprodução/Reprodução

“Eu chegava no escritório dos agentes e isso era a primeira coisa que eles queriam discutir: ‘você mora com a sua namorada. Como quer lidar com isso? Se quiser, podemos deixar tudo abafado, ninguém vai saber isso sobre você‘”, revelou a americana à People.

Brianna prefere se convencer de que os agentes estavam apenas preocupados com a sua privacidade, mas ela sabe que não é bem assim. Na realidade, a história da atriz é a história de tantos outros artistas que recebem a sugestão de não revelarem sua identidade de gênero ou orientação sexual para o mundo. Muitos empresários acreditam que isso possa prejudicá-los de alguma maneira – e a gente sabe que prejudica mesmo. Eles perdem propostas de trabalho, perdem fãs, perdem seguidores no Instagram… Isso, contudo, não deveria acontecer. E esse é o “x” da questão, a raiz do problema, não apenas as propostas indecentes e preconceituosas de Hollywood. O público também tem culpa.

“Eu não sou o tipo de pessoa que esconderia. Prefiro falar: ‘bom, é isso. Faça o que quiser'”, disse a jovem, que namora a decoradora Jonneke Grisham. A jornalista Fernanda Gentil pensa da mesma maneira que a atriz: “minha única escolha nisso tudo foi não esconder”, contou a repórter durante participação no programa Saia Justa, da GNT, após ser questionada sobre as escolhas que poderia ter feito ao revelar ou não seu relacionamento com a também jornalista Priscila Montandon.

Nossa vontade é mandar apenas esse alô para a homofobia:

Reprodução/Reprodução

Mas nós sabemos que o debate se faz necessário. E é por isso que continuamos aqui. E continuaremos. Resistência e representatividade importam e transformam vidas!

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