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Por que você deveria cuidar mais das suas relações e como fazer isso

Os nossos relacionamentos e o quanto somos felizes neles têm uma grande influência na nossa saúde física, diz pesquisa.

Por Juliana Morales 10 set 2023, 10h02

Ei, jovem, tem se sentido muito sozinho? Saiba que não é só você! O sentimento de solidão tem sido um incômodo bem comum. Para entender esse fenômeno, é preciso olhar todo o cenário que vivemos e como ele pode impactar o nosso bem-estar.

A pandemia trouxe mudanças significativas na forma como a nossa galera se relaciona e interage socialmente. Na juventude, o contato social e o sensação de pertencimento têm um peso grande. Mas, diante da necessidade de isolamento, foi necessário abdicar de momentos e hábitos em grupo. Alguns efeitos disso na saúde mental e nos relacionamentos permanecem até hoje.

E vamos te mostrar ao longo do texto que isso também afeta nossa saúde física, viu?

O Brasil ocupa a terceira pior posição no ranking de saúde mental do relatório anual Estado Mental do Mundo. A pesquisa realizada com 64 países chamou a atenção para como as relações familiares e amizades estão se deteriorando, com consequências significativas para o bem-estar mental.

Assim como passamos a pensar mais na higiene das mãos e uso de máscara depois da covid-19, deveríamos voltar a olhar com atenção para o nossos relacionamentos (amorosos, familiares e de amizade) e como estamos cuidando deles. Vamos lá?

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Por que é importante se relacionar

Em 1938, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, começou um estudo com 700 adolescentes para entender o que faz com que as pessoas tenham uma vida saudável e feliz. O “Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto” tornou-se o mais longo estudo científico sobre felicidade da história.

A grande revelação da pesquisa foi como as nossas relações e o quanto somos felizes nelas têm uma grande influência na nossa saúde. As pessoas que têm relacionamentos mais calorosos permanecem fisicamente mais saudáveis ​​à medida que envelhecem.

Por outro lado, a solidão e o isolamento são estressante e trazem muitos efeitos negativos, como acontece com quem fuma ou sofre de alcoolismo, de acordo com a pesquisa. Afinal, conversar com outras pessoas ajuda a entender a situação de outra perspectiva, ver que você não é a única com problema, aliviando o estresse.

Relacionar-se é como ir à academia

O diretor do estudo e coautor do livro “The good life”, Robert Waldinger explicou em entrevista à BBC que manter uma “aptidão social” é como exercitar um músculo. “Se ficarmos sentados a vida toda, nossos músculos atrofiarão. E da mesma forma, olhando para as vidas das pessoas que participaram do estudo, vimos que bons relacionamentos podem murchar não porque haja um problema, mas por descuido”, explicou ao site.

Segundo o professor de psicologia de Harvard, reconhecer quando alguém faz algo de bom e a importância dela em sua vida é uma prática de gratidão importante para os relacionamentos permanecerão fortes. Outra dica do autor é manter uma “curiosidade radical” sobre as pessoas, mesmo que vocês se conheçam há muito tempo. A ideia é não ficar só presumindo que conhece o outro, mas buscar com curiosidade aprofundar essa sintonia.

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Isso não significa que temos que manter as amizades ou relações amorosas a todo custo, viu? Existem relações que não são tão legais e não valem nosso esforço. Nesses casos, vale buscar outras amizades que sejam mais mútuas.

Waldinger também aconselha que cada pessoa deve avaliar o quanto de socialização deseja para sua vida. “Uma pessoa tímida pode precisar de um relacionamento próximo ou dois. Ter mais pode ser estressante e cansativo. Mas a pessoa extrovertida pode querer muitos, muitos relacionamentos”, diz à BBC.

E aí, bora ser amigos?

 

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