No final da tarde desta terça-feira (12), a juíza Rachel Assad decretou a prisão preventiva de Giovanni Quintella Bezerra durante Audiência de Custódia que aconteceu no Rio de Janeiro. Ele foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Bangu.
“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, posicionou-se a juíza, que negou a liberdade provisória ao acusado.
Indiciado por estupro de vulnerável, Giovanni Quintella Bezerra pode ser condenado de 8 a 15 anos de prisão. Caso outros crimes, que estão sendo investigados pela Polícia Civil, venham a ser confirmados, a pena deve aumentar.
Bárbara Lomba, delegada responsável pelo caso, informou que o profissional de saúde é investigado até então por cinco supostos crimes de estupro, além daquele cometido em flagrante. “Tudo indica que era um criminoso em série”, garantiu.
“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários“, finalizou Rachel Assad.