Na última sexta-feira, 18, mais um tiroteio assombrou uma escola norte-americana. Um adolescente de 17 anos, chamado Dimitrios Pagourtzis, é o suspeito de ter aberto fogo contra os alunos da Santa Fe High School, no Texas. De acordo com o pai do garoto, ele sofria bullying. As investigações continuam, mas os mortos já foram identificados. Dez pessoas no total: Cynthia Tisdale, de 64 anos, professora substituta, Christopher Stone, de 17 anos, Glenda Ann Perkins, professora, Jared Black, estudante, Sabika Sheikh, de 18 anos, Angelique Ramirez, de 15 anos, Christian Riley Garcia, estudante, Shana Fisher, de 16 anos, Kimberly Jessica Vaughan, estudante, e Aaron Kyle McLeod, de 15 anos.
Cruzes brancas com corações vermelhos foram usadas para homenagear e manter viva a memória das vítimas do massacre, mas uma professora em especial está sendo lembrada por ter salvado a vida de uma aluna. Glenda Ann Perkins, conhecida como Ann Perkins, levou um tiro ao tirar da trajetória da bala uma estudante. No Twitter, a jovem Lydia Swartz escreveu: “essa mulher extraordinária empurrou uma estudante do caminho para protegê-la e levou um tiro que acabou com a sua vida. Por favor, não esqueçam o seu nome. Jamais se esqueçam do que ela fez. Não deixem seu legado morrer. Glenda Ann Perkins foi uma salvadora altruísta e heroica”.
Um aluno definiu Perkins como “a professora substituta favorita da galera” para o jornal The New York Times. Shelby Sosa, de 15 anos, foi a aluna salva pela docente. Ao The Daily Mail, a aluna disse que Ann estava com a turma no ginásio quando o alarme disparou e todos começaram a ouvir tiros. Foi então que a professora disse para todos correrem e se protegerem. “Corram” foi a última palavra de Perkins para os alunos, contou Shelby. A adolescente parou no final de um corredor para ver se um de seus amigos estava a salvo quando foi surpreendida pelo atirador. Perkins percebeu o que estava acontecendo e, agindo por reflexo, para salvar uma de seus “crianças”, se colocou no caminho da bala. Glenda Ann Perkins era casada e tinha uma filha.
“Meu amigo foi baleado na sala de arte(…) Eu só corri o mais rápido que pude para o bosque mais próximo para tentar me esconder e ligar para a minha mãe”, relembrou uma aluna para a rede CBS. Até fevereiro, mais de 15 tiroteios já haviam assombrado escolas dos Estados Unidos em 2018. O massacre na Santa Fe High School já é o quarto com maior número de mortes em 20 anos, de acordo com levantamento da Folha. O trauma é para a vida toda. Até o momento, nenhuma grande mudança foi tomada pelo Governo de Donald Trump.
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