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‘Quando você é gorda, mulher e gay, precisa lutar muito’

Para Beth Ditto, mulheres dentro dos padrões, tanto os de beleza quanto os comportamentais, ainda encontram mais portas abertas.

Por Isabella Otto Atualizado em 27 jun 2017, 15h09 - Publicado em 27 jun 2017, 12h28

Por ser mais famosa no meio indie, talvez você não conheça a Beth Ditto. Contudo, a americana, nascida no Arkansas, é famosa não só pelas suas canções, mas pelo seu ativismo dentro de movimentos LGBTQ+ e feminista. Lançando atualmente seu novo álbum, “Fake Sugar”, a vocalista da banda Gossip concedeu uma entrevista ao GLOBO e falou abertamente sobre como mulheres gordas e homossexuais enfrentam mais obstáculos que mulheres consideradas dentro dos padrões de beleza.

'Quando você é gorda, mulher e gay, precisa lutar muito'
Reprodução/Reprodução

Quando você é gorda, mulher e gay, precisa lutar muito para conquistar as coisas, tanto na indústria da música como na vida pessoal“, afirmou a cantora, que ainda completou dizendo que a idade mais avançada a fez tomar ainda mais consciência disso: “Nessa luta, você acaba deixando algumas coisas desagradáveis passarem, fingindo que não está vendo”, lamentou-se.

Beth, que é casada desde 2013 com Kristin Ogata, sua melhor amiga desde os 18 anos, acredita que é besteira se incomodar com o fato de o feminismo ter caído na boca do povo e estar sendo discutido em mais lugares – mesmo que algumas vezes, infelizmente, apenas como moeda de troca para visualizações e likes. “Eu adoro o fato de que esses assuntos estão sendo mais discutidos. Entendo que os ativistas fiquem com um pouco de receio quando tais coisas caem no mainstream. O medo é de que a mensagem por trás do ativismo seja desvirtuada, fique fora de controle. Mas nós nunca poderemos ter controle sobre as coisas, isto é uma ilusão. E as revoluções só acontecem quando um número maior de pessoas se mobiliza por uma mudança“, assegurou ainda em entrevista ao GLOBO.

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Em 2007, a cantora ganhou o prêmio de “Mulher Mais Sexy do Ano” na NME Awards, quebrando tabus e dissociando a imagem de sensualidade apenas a meninas magras. “Quando dizem ‘acima do peso’ ou mesmo ‘obeso’, dão a entender que existe um peso correto para seu corpo, e isso não é correto. Gosto da palavra ‘gorda’, vejo como algo positivo, de alguém que se sente bem com o corpo em vez de tentar modificá-lo. Você não precisa ser magro para ser bem-sucedido e saudável“, revelou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 2006.

You go, girl! <3

 

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