Com certeza, você já ouvir falar sobre Albert Einstein. Por mais que não saiba a fundo o que o físico fez, sabe que ele foi muito importante para a história da física. Afinal, matérias envolvendo equações de espaço e tempo não existiriam sem ele – ou, pelo menos, não seriam as mesmas. Mas o alemão já morreu há mais de 60 anos e, desde então, a ciência busca novos nomes para continuar o legado do cientista.
O físico britânico Stephen Hawking é um nome de peso, assim como outros nomes masculinos, que são sempre citados em pesquisas e estudos. O universo da física ainda é bastante machista e dominado por homens, talvez porque os caras sempre foram incentivados a pensar e resolver seus próprios problemas, desde a Idade Média – muito diferente do que acontecia com as mulheres. Mas 2018 chegou e, com ele, o reconhecimento de que a física encontrou um novo Einsten. E ele é mulher!
Sabrina Gonzalez Pasterski, de 24 anos, faz atualmente doutorado em Harvard, nos Estados Unidos, mas começou a fazer história muito antes disso. Aos 23, ela entrou para a lista da Forbes dos 30 jovens de destaque com menos de 30 anos. Um pouco antes, ela se formou no MIT, faculdade de tecnologia mais reconhecida dos EUA, com nota máxima. Aos 16, ela entrou para a faculdade. Aos 14, terminou de construir seu próprio avião, que começou a projetar aos 12. Aos 9, aprendeu a pilotar aviões e consertá-los.
Tanto talento chamou a atenção dos acadêmicos do MIT, mas Sabrina só ingressou na universidade pelo próprio mérito. Discreta, ela tem um canal no YouTube, que raramente alimenta, e um site pessoal. A CAPRICHO entrou em contato com a jovem por e-mail, mas ela disse que estava muito ocupada com as pesquisas do doutorado e só conseguiria conversar com a gente de um jeito bacana mais para frente. Esforço, para ela, é o principal segredo para se chegar lá! Meio americana e meio cubana, Sabrina ainda participa de palestras e debates sobre o poder feminino no setor de Exatas. “Eu só sou uma estudante que ama aprender”, costuma dizer quando recebe algum prêmio.
A brilhante Sabrina é um ótimo exemplo de garota para você se inspirar neste ano e perceber que os estudos podem te levar bem longe – e que muito desse aprendizado depende de você! Durante séculos, mulheres foram encorajadas a permanecer na ignorância. Elas não podiam estudar, não podiam aprender nada além dos serviços domésticos, não podiam ler nada além de romances. Isso era um privilégio do sexo masculino. Essa ainda é a realidade de muitas meninas do Oriente Médio, que querem estudar, mas não podem. Então, naqueles dias de preguiça, em que estudar parece a pior coisa do mundo, lembre-se disso. E lembre-se também de que conhecimento é algo empoderador!
Nos falamos em breve, Sabrina. Você não é a segunda Albert Einstein. Você é a primeira Sabrina Pasterski!