Foi instituída durante reunião do Conselho Estadual de Educação no último domingo (2/8), a nova Base Nacional Comum Curricular, aprovada inicialmente em 2018. A partir de 2021, o novo currículo do ensino médio em São Paulo terá 12 opções de curso, sendo 5 obrigatórias e 7 integradas. De acordo com o governo, a modificação pode diminuir a evasão escolar que venha a ser causada pela pandemia de coronavírus no Brasil. Anteriormente, o prazo para implementação da BNCC era 2022.
Com a mudança, Matemática e Português passam a ter carga horária obrigatória, assim como Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ciências Sociais. Estes cinco itinerários formativos devem ser obrigatórios, mas nada impede que o colégio decida incluir mais disciplinas essenciais na grade.
O estudante vai poder customizar seu curso, escolhendo matérias mais voltadas ao seu interesse. Se ele sentir mais aptidão para exatas, vai receber aulas, além das tradicionais, direcionadas para essa área do conhecimento. “Em vez de estudar especificamente uma disciplina de Física ou Química, eu posso tratar de um problema de matemática e meio-ambiente, aplicar os conhecimentos conjugados”, deu o exemplo Eduardo Deschamps, presidente da comissão da BNCC, ao site G1, em 2018.
Além das opções obrigatórias, outras sete foram criadas pelo governo, que conversam com as tradicionais e possibilitam essa integração entre disciplinas abordada por Deschamps. As escolas, tanto as particulares quanto as públicas, podem ainda desenvolver seus próprios itinerários integrados, mas eles precisarão ser aprovados pelas diretorias de ensino.
A flexibilidade trazida pela Base Nacional Comum Curricular pretende deixar o ensino médio mais atraente para os futuros universitários, que vão continuar aprendendo o básico cobrado nos vestibulares, mas poderão dar mais atenção às áreas de conhecimento de seu interesse com a customização do curso.
Professores e gestores começarão a ser treinados para esse novo sistema já no segundo semestre do ano. De acordo com o secretário Rossieli Soares, a alteração começa “no maior número possível de escolas”. Na rede estadual, temos 3.737 na lista de instituições. “Precisamos dar atenção aos anseios e sonhos dos jovens e deixar que estudem mais assuntos de que gostam e nos quais têm habilidades”, disse em entrevista à Folha.
Basta saber se, na prática, a solução para otimizar o pós-pandemia vai realmente funcionar e ser acessível a todos – pois, no Brasil, nem a educação é. O que você acha?
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