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SOS Sexo: ‘Sexo oral pode causar câncer na garganta?’

Especialistas esclarecem a dúvida e desmistificam algumas ideias relacionadas ao sexo oral e a doença

Por Da Redação 19 Maio 2023, 15h18

Sexo oral pode causar câncer de garganta? Essa associação viralizou nas redes sociais nos últimos dias, gerando dúvida em muita gente. A CAPRICHO conversou com quem entende do assunto para esclarecer e não deixar nenhum ruído de informação ou gerar pânico.

Vamos direto ao ponto: existe, de fato, o risco do sexo oral (sem proteção) resultar em câncer de garganta. Mas essa relação de causalidade não é tão direita e muito menos uma regra.

A pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer (INCA) Flávia de Miranda Corrêa explica que alguns tipos de câncer de câncer de boca e, principalmente, o câncer de orofaringe (região da garganta) estão relacionados à infecção persistente por HPV oncogênico. E esse vírus é transmitido por contato direto com a pele ou mucosa infectada.

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O principal contágio do HPV acontece pela via sexual – inclusive, na ausência de penetração vaginal ou anal. Por isso, existe o fator de risco no sexo oral sem proteção, certo? Mas vale destacar que tabagismo e consumo excessivo de álcool são outros fatores para o desenvolvimento da doença nessas regiões da boca e garganta.

“Existe uma falsa ideia de que o sexo oral não é uma via que consiga propagar ou que seja menos provável de obter o vírus HPV, ou até mesmo HIV, se compararmos com o sexo com penetração. Mas precisamos desmistificar isso”, alerta Cheng Tzu Yen, oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A boa notícia é que, apesar de muito frequente, a infecção por HPV regride espontaneamente na maioria das vezes. Além disso, há formas de prevenir, com proteção durante o sexo e também por meio da vacina contra o vírus, que também é eficaz na prevenção de cânceres de boca, orofaringe e ânus em ambos os sexos; vulva, vagina e colo do útero em mulheres; e pênis nos homens.

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Vale reforçar que vacinação contra o HPV está disponível no SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade e para a população imunossuprimida de 15 a 45 anos.

 

 

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