Torcedores ameaçam fãs do BTS no Twitter: “Estragar a vida de vocês”
Estão falando em bloquear as entradas da arena nos dias de show para estragar a vida dos fãs. Mas é muita falta do que fazer, sabe?!
Em um mundo ideal, as pessoas poderiam ser fãs de quem bem entendessem e não sofreriam julgamentos por isso. Mas, infelizmente, a vida real é bem diferente – e a online pode ser ainda mais cruel! Nesta quinta-feira, 23, alguns torcedores de futebol usaram o Twitter para ameaçar fãs do BTS, grupo coreano que se apresenta no Allianz Parque, em São Paulo, nos próximos dias 25 e 26.
“Seria maneiro se geral ficasse na entrada da arena bloqueando as entradas“, sugeriu um usuário da rede social, que foi aplaudido por outros tantos: “Já angariei mais de 63 mil flamenguistas que sairão do Rio rumo à SP por essa causa nobre”. A hashtag #maisdoquefutebol está sendo usada para mostrar a união entre torcedores de diferentes times.
Um dos caras que incitou o ódio e a violência online disse que não seria preciso agredir, mas que “ia ter tanta bomba de fumaça e efeito moral envolvida“. Uma torcedora respondeu o tweet com um “sonho!”.
Muitos fãs do BTS saíram em defesa delas mesmas e dos ídolos. Mas, apesar de preocupada, a maioria usou um tom sarcástico de superioridade para irritar ainda mais os torcedores. “Tá bom, amor, vamos estar esperando”, disse uma ARMY. Um dos usuários ainda alegou que o grupo de k-pop estimula a violência através de seu fandom e agride crianças. Apesar de, na tradução livre, ARMY significar exército em português, e as fãs realmente defenderem seus ídolos como cavaleiras armadas, vale lembrar que o nome do fandom, na verdade, significa “Adorable Representative M.C of Youth” (ou, em português, “Adorável Representante M.C da Juventude”), como explica o FC abaixo.
Vale lembrar que, de acordo com o Art. 147 do Código Penal Brasileiro, “ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave” é crime. A pena, caso uma denúncia seja feita, varia de um a seis meses de prisão e multa.
