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Tudo o que se sabe sobre a Butanvac, vacina com tecnologia 100% brasileira

Instituto Butantan prevê, com autorização da Anvisa, testes em abril, a fabricação da vacina para maio e 40 milhões de doses disponíveis em julho

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 26 mar 2021, 12h44 - Publicado em 26 mar 2021, 12h35

O Instituto Butatan anunciou uma nova vacina para a Covid-19, a Butanvac, produzida 100% com tecnologia brasileira. Em coletiva, o Governo de São Paulo disse que pretende pedir autorização a Anvisa já nesta sexta-feira, 26, para começar a fase 1 e 2 do estudo clínico no país. Com a autorização, o Instituto planeja realizar os testes em abril e, caso os resultados sejam positivos e todos os testes sejam realizados até lá, começar a fabricar a vacina em maio. Se esse cronograma for seguido, existe a promessa de que 40 milhões de doses estarão disponíveis em julho.

Tudo o que se sabe sobre a Butanvac, vacina com tecnologia 100% brasileira
Daniel Chetroni/ EyeEm/Getty Images

A tecnologia usada pelo Instituto utiliza as tecnologias do vírus inativado e do vetor viral, e a produção é parecida com a da  vacina da gripe. A expectativa de que esse novo imunizante ofereça uma uma resposta imune maior do que as das vacinas atuais. De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, a vacina começou a ser produzida há um ano e com matéria-prima brasileira. Covas também explicou que o imunizante já levou em conta a variante que atingiu Manaus, conhecida como P1. Ainda não está estabelecido se a vacina será tomada em uma dose única ou em duas. Os pesquisadores descobrirão durante os testes clínicos, em que os pesquisadores analisaram a resposta imunológica dos voluntários.

O pedido de autorização que será feito nesta sexta-feira a Anvisa se refere a fase 1 e 2 de testes, que devem contar com 1.800 voluntários e deve avaliar a segurança e a capacidade de obter resultados do imunizante. Depois, será necessário realizar a fase 3, com 9.000 voluntários, destinada a determinar a eficácia.

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A Butanvac também deverá ter a primeira fase de testes realizadas no Vietnã e na Tailândia. A produção da vacina será feita a partir de um consórcio com esses dois países, e assim, uma grande quantidade de doses será produzida.

Depois que a população brasileira for imunizada, a Butanvac será exportada para outros países. “O Butatan tem o compromisso de fornecer essa vacina para países de renda baixa e média (…) temos que ter vacina para esses países, para globalmente sermos bem-sucedidos“, concluiu o diretor do Instituto.

O desenvolvimento da vacina não deve alterar o cronograma da Coronav, vacina criada pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Butantan.

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