A participação de Luiza de Souza, a Ilustralu, na CCXP22 contou com algumas novidades. A ilustradora, que marcou presença como artista convidada, compartilhou como foi sua experiência no evento após vencer o prêmio de Melhor Quadrinho no CCXP Awards com o sucesso Arlindo.
“Muita gente chega e já conhece a história ou nem conhece a história mas sabe que ganhou o prêmio e compra o quadrinho para conhecer. É uma recepção muito massa do pessoal”, relatou Lu em conversa com a CH. A artista também contou do público que apareceu em seu espaço no Artists’ Valley e se emocionou por a acompanhar desde o início, tendo trilhado essa trajetória com ela.
Receber todo esse carinho dos leitores fez com que Luiza visse ainda mais sentido na narrativa e na dedicatória do quadrinho. Ela pontuou que o plot de Arlindo é sobre não estar só e, ao encontrar essas pessoas que se unem e se identificam com o que criou, é como se ela percebesse que realmente não está sozinha também.
Além disso, estar na CCXP mostrou mais como essa ligação é importante e Lu relembrou como a cultura pop entrou de forma significativa em sua vida. “A cultura pop me deu uma ideia de pertencimento que eu não tinha”, disse. “Eu vivia lendo quadrinho, eu vivia dentro dos filmes, eu lia muito, então, meio que pra fugir da realidade onde eu não pertencia tanto, eu ia para esses refúgios que eram literatura, cultura pop… Sempre foi um jeito diferente de me sentir parte.”
No evento, os fãs de Arlindo também tiveram a chance de se conectar ainda mais ao conferir espaços temáticos inspirados na história no estande da Faber-Castell, que criou ambientes para fotos e para mergulhar ainda mais no mundo de Arlindo.
“Ver essa repercussão, esse carinho todo das pessoas com o quadrinho, das pessoas com a própria comunidade que se criou em volta do quadrinho, é muito mágico, assim. É uma felicidade assim que eu não sei nem descrever”, analisou Lu a evolução e o desenvolvimento em sua trajetória, desde o início até agora.
Sendo inspiração para muitas pessoas que estão embarcando no universo dos quadrinhos, Luiza dá o mesmo conselho que recebeu quando estava começando: “Tente não esperar estar pronto para começar. Porque uma história que ainda não foi feita, não existe. Uma história que está só dentro da sua cabeça ainda não existe. Ela só vai existir quando você pegar e começar a fazer. E para fazer a história que você quer fazer, só você tem como“, afirmou.