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Anitta quer ser uma referência de como fazer funk em outros idiomas

Em coletiva de imprensa para divulgar seu novo álbum, Funk Generation, a girl from rio revelou detalhes do processo criativo do disco

Por Arthur Ferreira 26 abr 2024, 17h26

A girl from rio voltou com tudo! Nesta sexta-feira (26/5), Anitta lançou seu sexto álbum de estúdio, Funk Generation. Mergulhando na sonoridade do funk carioca em 15 faixas que misturam inglês, português e espanhol, o disco apresenta alguns singles já conhecidos e novas músicas para se jogar no baile funk. Em coletiva de imprensa, a cantora compartilhou que sua intenção é iniciar uma nova era no funk, potencializada através de seu trabalho que busca trazer “muita qualidade e pesquisa”.

Para ela, o principal objetivo de seu novo projeto não é fazer seu nome no exterior, isso ela já fez, e sim mostrar para artistas internacionais que é possível fazer funk em outros idiomas “eu quero tentar ser essa referência de como fazer funk em inglês e espanhol. Porque quando eles entram no estúdio para gravar funk brasileiro em outra língua, fica meio perdido, né? Não fica com a nossa cara, com o nosso jeitinho”, compartilhou Anitta.

 

A cantora, que participou de todas as etapas do processo de criação do disco, ainda revelou que a ideia do projeto surgiu por uma necessidade de dar ao seu melhor depois de passar um momento muito difícil. “Em 2022 eu estava trabalhado tanto e me cuidei zero, aí comecei a ficar muito doente. Até hoje não tenho uma explicação do que que aconteceu comigo. Tive que fazer exame de câncer, várias coisas assim. Eu estava muito doente e achei que fosse morrer”, revelou Anitta.

Eu pensei ‘tá bom, já que eu vou morrer, então eu vou fazer um álbum seja muito bom e que eu escute e me sinta foda’. Isso indiferente se ele ia fazer sucesso ou não. Eu não queria seguir nenhuma fórmula. Só pensei em fazer melhor álbum da minha carreira e se eu morrer, pelo menos todo mundo vai ouvir

Anitta sobre o processo criativa de 'Funk Generation'

Para garantir a autenticidade, Anitta fez questão de recrutar parceiros artísticos brasileiros, como DJ Gabriel do Borel, os músicos da Brabo Music, o duo Tropkillaz, Márcio Arantes e DJ GBR, para construírem este álbum com ela. E ela fez boa parte de suas interferências artísticas à distância enquanto se recuperava. “Eu não falei para ninguém que eu estava doente e eles foram fazendo e eu orientava à distância. Depois que terminamos as primeiros, eu fiz minha jornada de cura espiritual. Fiquei bem e fiz outras músicas com Meme e Puta Cara“.

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Funk Generation

O disco começa fazendo referência aos primeiro funks de sucesso, em Lose Ya Breath, Anitta explode em arranjo inspirado no miami bass e no electro, subgêneros da música eletrônica que inspiraram a criação do gênero brasileiro. Aqui, a cantora convida o ouvinte a embarcar em uma jornada por suas raízes.

Acho que a forma que eu quero inspirar os jovens de comunidade é a fazerem o que estão a fim e não pensarem que não dá para fazer acontecer só porque a gente nasceu nesse lugar limitado. Não podemos pensar que não dá para chegar muito longe, porque dá sim.

Anitta sobre ser uma inspirações para novas gerações
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Em seguida vem Grip, que se inspira nessa mesma sonoridade, mas desta vez com uma letra mais sensual e inspirada na figura feminina que domina a cena do funk. A canção é um dos carros-chefes do álbum e já chegou acompanhada de um videoclipe icônico.

 

Outras faixas chamaram a atenção nas redes sociais como a explosiva Savage Funk, que apresenta Anitta misturando seu ritmo base com referências da música eletrônica. Aqui brilha a influência do rave funk, muito popular no estado de São Paulo. Em Cria de Favela, temos uma produção dançante, graves pulsantes e quebras inusitadas. Por sua vez, Sabana explode aos ouvidos com um sample de Pelada, do goiano MC Jacaré.

As letras sobre sexo marcam forte presença em Funk Generation, Puta Cara, Fria e Double Team. “O que importa é a vontade de dançar, não importa o que está falando. Quando essas letras em são cantadas por homem, ninguém fala nada, né? Nunca tem tanta militância quando é um homem falando coisas até piores.”

“Eu quero só me divertir e curtir. Eu acho que as minhas mensagens como ser humano, eu mando na vida real na minha na minha vida real e dou exemplo como pessoa para quem me acompanha e tem interesse de saber mais de mim. A música que eu faço é para se divertir na balada, curtir, rebolar, se divertir, beber”, comenta.

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Amores, flertes, encontros e desencontros também são narrados em algumas das produções mais melódicas do trabalho, como Meme, Love in Common, Mil Veces e Ahi, sua música em parceria com Sam Smith.

Ouça ao Funk Generation:

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