ais aterrorizante do que nunca, a 2ª temporada de Pretty Little Liars, série derivada do enredo de mesmo nome exibido entre 2010 e 2017, trouxe muitas referências marcantes para os fãs de filmes de terror. Protagonizada por Bailee Madison, Chandler Kinney, Zaria, Malia Pyles e Maia Reficco, a produção continua acompanhando a história de 5 adolescentes que, desta vez, estão sendo perseguidas por uma nova vilã que é bem mais perigosa e violenta do que as outras ameaças que já vimos antes no universo da narrativa.
Conhecida como Bloody Rose, a assustadora personagem usa bandagens para esconder o rosto, que está sempre completamente coberto por sangue. Perseguindo as protagonistas, ela coloca a vida de cada uma delas à prova em desafios que imitam dinâmicas da “última sobrevivente” de filmes de terror. Em entrevista à CAPRICHO, Roberto Aguirre-Sacasa e Lindsay Calhoon Bring compartilharam como foi implementar o roteiro com essas diferentes referências de grandes produções do gênero.
“Uma das coisas que nos deixou muito felizes foi ver o quanto as pessoas abraçaram ao elemento mais ‘slasher’ dessa icônica franquia. Sentimos que isso nos deu permissão para acrescentar mais terror”, compartilhou Roberto sobre a recepção da 1ª temporada intitulada Original Sin. Só que para elevar o nível de terror em Summer School, os criadores encontraram um grande desafio: “Se era para termos um novo vilão slasher, ele precisava ser e parecer ainda mais assustador e apocalíptico do que o A anterior. E, novamente, A já era muito apavorante”, acrescentou Aguirre-Sacasa.
Lindsay explicou que o processo todo começou com um olhar atento para cada narrativa, de forma que a perspectiva de cada protagonista fosse combinada com a melhor inspiração: “Sempre começamos por um determinado lugar da história, pensando em qual é a melhor história para cada uma das personagens. Mas, quando analisamos mais de perto, refletimos qual é a melhor referência de terror que podemos colocá-las para enfrentar naquele ponto. Temos referências de O Iluminado, Sexta-Feira 13, tanto o primeiro quanto o segundo, e Os Estranhos: Caçada Noturna. Temos algumas menções que são ótimas. Adoramos adicionar isso.“
Malia Pyles e Maia Reficco, que interpretam Mouse e Noa, respectivamente, também conversaram com a CH sobre o temido teste de final girl. “Foi uma loucura”, brincou Pyles sobre sua reação ao ler o roteiro do desafio de sua personagem. “Eles usaram referências de todos esses filmes incríveis e entrar em uma dinâmica de esconde-esconde com a vilã da temporada foi muito legal”, acrescentaram.
Confira nossa conversa completa com Roberto Aguirre-Sacasa, Lindsay Calhoon Bring e Annabeth Gish, que retornou ao universo de PLL como Dra. Sullivan:
CAPRICHO: A 2ª temporada da série foi muito mais intensa em termos de de perseguições e mortes. Como foi tomada a decisão para elevar esses fatores?
Lindsay Calhoon Bring: Sabe, uma das coisas que mais queríamos fazer nessa temporada era ampliar o nível do terror, realmente abraçar o gênero. Na 1ª temporada, como em qualquer outra produção, você meio que tem a responsabilidade de introduzir os personagens, de formar a relação entre eles, criar as amizades. Entrando na 2ª temporada com nossas meninas já amigas, elas já são irmãs muito intrinsicamente unidas, nos deu passagem para nos divertirmos mais as levando para territórios mais perigosos.
CH: Bloody Rose é uma vilã muito mais radical e violenta. Quais foram os fatores que vocês levaram em consideração para construir essa nova personagem?
Roberto Aguirre-Sacasa: Em complemento ao que a Lindsay disse, na 1ª temporada, nós introduzimos temas, personagens e vimos como o público e os fãs responderam ao que mostramos. Lindsay, Annabeth e eu somos grandes fanáticos por filmes de terror, então uma das coisas que nos deixou muito felizes foi ver o quanto as pessoas abraçaram ao elemento mais ‘slasher’ dessa icônica franquia. Sentimos que isso nos deu permissão para acrescentar mais terror na 2ª temporada.
Quando estávamos pensando em vilões, pensamos que o A da 1ª temporada já era muito aterrorizante e nosso grande desafio era que, se era para termos um novo vilão slasher, ele precisava ser e parecer ainda mais assustador e apocalíptico do que o A anterior. E, novamente, A já era muito apavorante. Então, realmente passamos um tempo montando como Bloody A seria. Nós pensamos em referências que iam desde Norman Bates/Mother até um terror mais folk. Sentimos que tínhamos permissão para explorar mais depois de vermos a forma como a temporada anterior foi abraçada, queríamos deixar a série ainda mais assustadora.
CH: Temos uma grande personagem da série original de volta: a Dra. Sullivan, que tem sua própria parcela de segredos e mistérios. Como foi entrar nessa nova história já tendo um extenso passado com a narrativa mas com uma nova geração?
Annabeth Gish: Ela tem muitos traumas entrando nessa temporada! [risos] Foi uma alegria estar de volta. Eu sou privilegiada, de verdade. Fiquei muito empolgada em me juntar à essa união maravilhosa, de verdade. As meninas, as mulheres, são incríveis. Elas entraram na produção completamente comprometidas e acho que essa é a base para qualquer série de sucesso. Você precisa ter a química e o comprometimento, e esse time, com certeza, tem.
CH: Nos testes da “última sobrevivente” temos referências de grandes filmes de terror. No da Mouse, temos até mesmo elementos de Jurassic Park, certo? Qual é o processo para equilibrar o uso dessas influências e inspirações na história?
Lindsay Calhoon Bring: Sabe, acho que o fato de sermos grande fãs de filmes de terror e ter nossa sala de roteiristas pensando da mesma forma, fez com que esse gênero sempre se destacasse. Nós sempre conversávamos sobre nossos filmes favoritos, nossas sequências favoritas e isso era parte da diversão. Sempre começamos por um determinado lugar da história, pensando em qual é a melhor história para cada uma das personagens. Mas, quando analisamos mais de perto, refletimos qual é a melhor referência de terror que podemos colocá-las para enfrentar naquele ponto. Temos referências de O Iluminado, Sexta-Feira 13, tanto o primeiro quanto o segundo, e Os Estranhos: Caçada Noturna. Temos algumas menções que são ótimas. Adoramos adicionar isso.
Roberto Aguirre-Sacasa: E, sim, você está completamente certa! Nós amamos a cena de Jurassic Park e a cena das crianças na cozinha! [risos] Quando vimos a locação, literalmente escrevemos a sequência para ser parecida com a das crianças e os Velociraptors. É o nosso tipo de sequência favorita em todos os filmes desse estilo. Sinto fazemos referências a ele o tempo todo. Na verdade, é o filme favorito da Tabby. Na plaquinha de identificação dela no cinema, no The Orpheum, está escrito que Jurassic Park é o filme preferido dela e ela faz várias citações dele o tempo todo. Fico feliz que você tenha reparado nisso porque muitas pessoas acham que é uma referência de Five Nights at Freddy’s.
Annabeth Gish: Quando estava no set, reparei no design de produção e essa série traz uma referência tão grande ao terror da forma mais divertida possível. São muitos easter eggs escondidos no decorrer dela e sempre penso em vocês na sala de roteiros. Deve ser uma daquelas salas de investigação com as linhas vermelhas ligando referências de filmes. É brilhante! [risos]
Pretty Little Liars: Summer School está disponível na MAX.