Autora de Tudo e Todas as Coisas chorou ao ver sua obra no cinema
Em entrevista exclusiva à CAPRICHO, Nicola Yoon fala sobre as diferenças entre o livro e o filme
Se você ama ir ao cinema, já deve ter visto (ou pelo menoes encontrado os cartazes) de Tudo e Todas as Coisas, o novo filme com Amandla Stenberg e Nick Robinson que chegou às telonas na última quinta-feira (15). O longa, que conta a história de amor de Maddy, uma garota com uma rara alergia que não a permite sair de casa, e Olly, seu novo vizinho gato, foi inspirado no livro de Nicola Yoon. Em um encontro em Nova York, a escritora jamaicana conversou com a CAPRICHO sobre ver sua história ganhando vida e a importância de contar histórias que estimulem a diversidade.
CH: Qual foi sua sensação ao assistir ao filme pela primeira vez?
NICOLA YOON: Chorei muito. Estava em uma sala de exibição no MGM Studios com o meu marido, e nós assistimos ao filme de mãos dadas, praticamente apertando a mão um do outro e chorando muito. O filme ficou muito lindo e é muito emocionante ver aquela história ganhando vida. Meu marido fez todos os desenhos do livro, e eles foram animados para o filme. Ver aquilo foi muito mágico.
CH: Você disse uma vez que gostaria de ver filmes em que sua filha pudesse se enxergar nos personagens. Você acha que a Amandla Stenberg é parecida com a sua filha?
NICOLA: Sim, elas se parecem muito. É engraçado porque quando minha filha conheceu a Amandla pela primeira vez ela virou pra mim e disse ‘olha, mamãe. Ela se parece muito comigo’. E eu nem tinha falada nada pra ela! Quando cresci, não conseguia me ver em um livro e não queria isso para a minha garotinha, por isso decidi escrever Tudo e Todas as Coisas.
CH: Como foi a experiência de estar dentro de um set de filmagem, vendo sua história ganhar vida?
NICOLA: Vou te dizer de novo, houve muito choro. (risos) A primeira vez que fui para o set foi em Vancouver, no Canadá, e eles estavam gravando em um aeroporto. Nick (Robinson) e Amandla estavam em um avião e, quando eles falaram as falas que estavam no livro, comecei a chorar, até que minha filha olhou pra mim e perguntou ‘por que você está chorando?’ Aí meu marido virou e falou ‘são lágrimas de felicidade, querida’. E realmente eram.
CH: Maddy é um pouco mais confiante no filme do que no livro. O que você achou dessas pequenas diferenças de abordagem no filme?
NICOLA: Eu amo a bravura dela. Acho que o mais interessante, quando você assiste ao filme e lê o livro, é que são duas peças de arte diferentes, o que é muito legal. Tem algumas passagens do filme que eu gosto mais do que no livro. A cena em que o Olly enche a janela dela com fotografias é muito fofa. Queria muito ter pensado naquilo. (risos) Foi ali que me dei conta de que eram duas peças diferentes de arte e é muito bom poder admirar a arte de outra pessoa.
CH: Uma coisa que senti falta foi o filme não ter aprofundado um pouco mais no problema do alcoolismo do pai do Olly e nas agressões contra a mãe. Afinal, sabemos que muitas vezes mostrar esse tipo de coisa acaba encorajando as pessoas a buscar ajuda, a sair daquela situação…
NICOLA: Infelizmente, não dava pra mostrar tudo no filme por questão de tempo. Mas eu concordo com você, acho que livros podem salvar vidas. Se você está em uma situação ruim e lê um livro em que existe uma luz no fim do túnel, isso te ajuda a sobreviver.
CH: O livro e o filme abordam a diversidade de uma forma que não é forçada, sem os esterótipos de latinos e de negros. Você acha que isso está começando a mudar?
NICOLA: Acho que a gente se acostumou a ver apenas um tipo de história sendo contada, principalmente quando diz respeito a minorias. Isso é muito perigoso, porque existem muitos tipos diferentes de negros, muitos tipos diferentes de homossexuais, de mexicanos… Mas, no final, todo mundo é apenas gente. Então não podemos ficar o tempo todo contando a mesma coisa sobre um determinado grupo porque isso não é verdadeiro. Não é porque você tem a mesma cor de pele ou a mesma sexualidade que outra pessoa que vocês são iguais. Nós temos que mostrar toda essa diversidade de seres humanos.
CH: Podemos esperar um filme baseado em seu segundo livro, O Sol Também É Uma Estrela?
NICOLA: Já me procuraram e um roteiro está sendo escrito baseado nele. Eu gostaria muito que essa história virasse filme, então vamos ficar de dedos cruzados para que isso aconteça.
CH: E você já está pensando em um terceiro livro?
NICOLA: Sim! Estou escrevendo um terceiro livro.
CH: E vai ser novamente sobre amor?
NICOLA: Sempre vou escrever sobre amor. Sou uma pessoa muito romântica, não consigo evitar. (risos)
* A CAPRICHO viajou para Nova York a convite da Warner Bros.
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