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Biônicos traz rivalidades e reviravoltas intensas em thriller futurista

Em entrevista à CH, Jessica Córes, Gabz, Bruno Gagliasso e Christian Malheiros revelaram detalhes do universo distópico do longa da Netflix

Por Anny Caroline Guerrera 30 Maio 2024, 19h01
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iônicos nos apresenta um futuro distópico transformado pela tecnologia. Lançado na Netflix em 29 de maio, o thriller assinado por Afonso Poyart acompanha a história das irmãs Maria e Gabi, vividas por Jessica Córes e Gabz, que se enfrentam em uma grande rivalidade dentro de um mundo em que as próteses biônicas dominaram os esportes.

Em entrevista à CAPRICHO, as atrizes compartilharam como foi construir a relação das protagonistas, que é responsável por guiar grande parte da trama. “Conseguimos desenvolver uma intimidade que trouxe um espaço para isso de amigas e rivais, irmãs e rivais. E foi muito importante porque é o fio condutor de tudo. Essa competição, esse estranhamento”, começou Gabz.

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Eu acho que as personagens são escritas de uma forma muito interessante porque são complexas. Não são personagens simples de entender e as pessoas são um pouco assim, né?

Gabz sobre Biônicos

Por trás das câmeras, as duas construíram uma amizade que as permitiu criar uma relação ainda mais realista nas telas. “A Gabz virou parceira, virou amiga, virou irmã. E a gente entendeu isso desde o início do processo criativo”, disse Jessica sobre ter aderido uma postura de verdadeira irmã mais velha nas filmagens.

Córes, que também é ex-atleta de voleibol, recordou que usava sua experiência nas quadras para fazer provocações de brincadeira em uma dinâmica de rivalidade mais leve e divertida nos bastidores do filme: “Existia um lugar de: ‘Olha, sou sua irmã mesmo. Então, eu tenho mais moral que você. Eu vou correr e você tem que ver como é porque você vai aprender, tá bom? E ela nem ouvia‘”, relembrou entre risos.

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Elas ainda destacaram que só foi possível criar um estranhamento porque, em primeiro lugar, existia uma consideração muito grande entre as irmãs. “Ficou uma coisa bonita. Eu queria me esforçar para isso mesmo, para mostrar que é uma competição mas que, em algum lugar ali, existe um afeto. Só existe essa competição toda por causa disso, porque elas se admiram muito e uma quer ser a melhor que a outra por conta disso. Se elas não se admirassem, não existiria tudo isso“, ressaltou Gabz.

Christian Malheiros como Gustavo em Biônicos; ele está com expressão séria em cena do filme da Netflix
Christian Malheiros como Gustavo em Biônicos Alisson Louback/Netflix/Divulgação

Gustavo (ou Tio Hard), vivido por Christian Malheiros, também é irmão de Maria e Gabi e se vê no meio do conflito familiar de ambas. É assim que ele se aproxima de Heitor, interpretado por Bruno Gagliasso, que está em uma incansável jornada para mudar o cenário que foi transformado pela tecnologia biônica. O elo que os une foi algo que levou Malheiros a mergulhar nas reais motivações de seu personagem.

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“Ele começa a se contrabandear para o lado do Heitor e isso foi uma das minhas grandes dúvidas. Estamos falando sobre o que? Estamos falando sobre caráter? Estamos falando que ele não gosta da irmã? Essas perguntas vieram no processo e comecei a entender o que estava acontecendo”, refletiu ele. “Pesquisando, lendo e correndo atrás, eu entendi que esse cara [Gus/Tio Hard] só quer ser alguém. Porque, em uma família de heróis, você também quer ser herói. Em uma família de duas heroínas, ele também queria achar esse espaço“, avaliou Christian.

O ator explicou que essa determinação vem de um lugar muito humano e identificável de querer ser reconhecido e lembrado por algo bom. “Esse sentimento, pra mim, é uma parada que eu acho que é universal. Todo mundo quer ser alguma coisa. Todo mundo quer ser herói“, disse. “Todo mundo tem essa gana de querer fazer a diferença, de querer fazer coisas boas, de querer ser alguém, de querer ser reconhecido pelo seu trabalho e por quem você é”, compartilhou.

Jessica Córes como Maria e Bruno Gagliasso como Heitor em Biônicos; ele estão em cena com expressões de choque e raiva
Jessica Córes como Maria e Bruno Gagliasso como Heitor em Biônicos Netflix/Divulgação

Por outro lado, Gagliasso ponderou sobre a dualidade de seu personagem e como suas camadas foram essenciais para construção do papel: “É bom ver o vilão, no primeiro momento, já na vulnerabilidade. Você já o vê perdendo a pessoa que ele ama. Então, você já começa com um pensamento de: ‘Pô, coitado.’ E, com o passar do tempo, você vê que ele é um grande filho da p***. Essa é a verdade”, analisou o ator. “A princípio, você tem um sentimento de compaixão por ele e depois isso vai dando lugar a um sentimento de raiva“, acrescentou.

Bruno ainda pontuou que a mistura da complexidade dos personagens com as cenas de ação e os efeitos é algo que vai atrair diferentes públicos: “É um filme para quem gosta de ação, de aventura. Para quem gosta de coisas diferentes. Eu costumo dizer que é um filme de super-herói“, afirmou. Jessica não deixou de concordar com o colega de elenco e destacou elementos do longa que trazem um lado mais heroico aos personagens.

Acho que conseguimos essa união, esse padrão, esse conjunto de heróis brasileiros.

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– Jessica Córes sobre Biônicos

Acho que conseguimos essa união, esse padrão, esse conjunto de heróis brasileiros. Em uma versão, em outro lugar, obviamente, porque não estamos tentando imitar produções estrangeiras”, observou a atriz. “Tem muita identidade“, completou Gagliasso.

Gabz também celebrou a oportunidade de gravar sequências de ação de uma forma que não achava que seria possível. “A gente não imagina fazer filmes de ação dessa forma quando somos atores brasileiros. Desde que somos pequenininhos, temos uma referência muito gringa dessas coisas. Poder fazer isso no nosso país, com a nossa cultura, com a nossa linguagem e com uma qualidade gigantesca é muito um sonho. Você se sente um pouco super-heroína, sabe? Você leva a atuação no máximo dela. As cenas de ação foram umas das coisas que mais gostei de fazer.

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Biônicos está disponível na Netflix.

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