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Em novo álbum, Charlie Puth mostra que a fama também pode ser ruim

O cantor lança, nesta sexta-feira (11), seu segundo álbum, Voicenotes

Por Gabriela Zocchi Atualizado em 11 Maio 2018, 00h01 - Publicado em 11 Maio 2018, 00h01

Charlie Puth demorou para lançar seu segundo álbum, mas ele finalmente chegou! Nesta sexta-feira (11), o cantor liberou Voicenotes e provou que está mais maduro e confiante em seu som.

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Esta é a capa de Voicenotes, o segundo álbum de Charlie Puth Warner Music/Divulgação

Das treze faixas do disco, sete já haviam sido liberadas por ele, como foi o caso do hit Attention e Done For Me, parceria incrível com a cantora Kehlani. Em uma entrevista à CAPRICHO em maio do ano passado, Charlie explicou que seu próximo disco mostraria seu verdadeiro eu. “No primeiro, eu estava tentando descobrir meu som. Agora, acho que encontrei meu nicho no universo da música pop”, contou. E é verdade, viu?

Voicenotes (o álbum leva este nome porque o americano tem a mania de compôr as músicas através de áudios que grava no celular) traz um som que é cara de Charlie, mas que ao mesmo tempo lembra o pop chiclete do Maroon 5 e a pegada anos 80 em que Bruno Mars tem apostado, um acerto de mão cheia do cantor, que também assina a produção do disco.

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Somebody Told Me, por exemplo, é uma das faixas com sonoridade mais diferente e poderia ter saído diretamente da trilha sonora de Stranger Things. Na letra, ele fala sobre a traição de uma garota por quem estava apaixonado. “Talvez eu só tenha percebido agora/que você só estava meio apaixonada/Talvez eu só tenha percebido agora/que não sou o único”, canta.

As letras com histórias pessoais e polêmicas (lembra que Attention foi escrita para a Bella Thorne?) estão por todo o álbum. Na faixa que abre o trabalho, The Way I Am, Charlie fala sobre algumas das adversidades da fama. “Todos estão tentando ser famosos/E eu só quero achar um lugar para me esconder”, diz, citando ainda problemas de ansiedade.

A relação de Puth com a fama, aliás, parece permear todo o disco. São muitas as faixas que mostram um pouco do que parece ser um deslumbramento dele com essa nova vida que conquistou após o sucesso de seu primeiro disco, o Nine Track Mind. Em LA Girls, ele conta que foi pego pela garota de quem gostava quando estava “zoando com meninas de LA”. Humm… Esse lado mais ~saidinho~ do cantor aparece também em outras músicas, como Boy (uma faixa no estilo Baba Baby em que ele fala sobre uma mulher que o esnobou, mas agora está atrás dele) e Empty Cups (sobre ~aventuras~ numa festa com uma menina que tem namorado).

“Mas e o romance?”, você pergunta. Ele fica por conta das mais calminhas, com as quais Charlie mostra sua vulnerabilidade. Em Patient, confessa: “Quando você precisou de mim/Eu não estava lá/Fui jovem, fui bobo, fui imaturo”. Em outras baladas, com parcerias, fica evidente a versatilidade do cantor. Além da música com Kehlani, que já citamos acima, tem uma música à capella com o grupo de R&B Boyz II Men (If You Leave Me Now) e outra (Change) com o cantor folk James Taylor, perfeita para dançar com o crush .

Voicenotes acaba com Through It All, uma música no piano que é quase um hino de autoafirmação. “Eu já amei mais do que pensei que poderia amar alguém/Eu já senti meu coração quebrar/Eu caí tantas vezes, mas me levantei/Pelo menos fiz tudo do meu jeito/Já passei por tudo”, canta, encerrando o álbum mostrando que apesar dos erros e acertos, tudo valeu a pena. E valeu mesmo!

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