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Entrevista: Joe Locke e Kit Connor revelam cenas favoritas de Heartstopper

Em uma entrevista exclusiva com a CAPRICHO, os protagonistas da adaptação da Netflix falaram dos fãs brasileiros, o que guardaram do set e muito mais!

Por Anny Caroline Guerrera Atualizado em 23 jul 2024, 16h42 - Publicado em 28 abr 2022, 14h24

Mesmo antes de Heartstopper estrear na Netflix, a adaptação da história de Alice Oseman já mostrou que estava chegando para ser um completo sucesso como uma das melhores produções adolescentes.

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Muito apoiada pelos fãs antigos das graphic novels e também por quem que está conhecendo a história agora, a série estrelada por Joe Locke e Kit Connor é um grande acerto da plataforma, abordando diversos temas importantes com muita leveza e aquecendo corações com momentos adoráveis dos personagens.

Para saber mais sobre a produção, a CAPRICHO conversou com Joe e Kit em uma entrevista exclusiva em que os atores comentaram como foi interpretar um casal que já era muito querido pelos leitores: “É tão incrível fazer parte de algo que realmente importa para as pessoas, para tantos jovens queer, e que os ajuda a se aceitarem e se amarem“, afirmou Locke, que interpreta Charlie Spring.

Nick e Charlie, da adaptação de Heartstopper; Nick está olhando pra frente e sorrindo enquanto Charlie olha para ele também sorrindo; ao fundo é possível ver o céu azul com nuvens brancas e folhas ilustradas nas cores rosa, amarelo e verde
Heartstopper Netflix/Divulgação

E quando se fala na combinação de redes sociais e fãs, não dá para deixar de fora as famosas teorias! Muita gente tentou adivinhar a data de estreia, surpreendendo o elenco com os palpites certeiros e os atores comentaram como ficaram impressionados com a precisão das teorias.

Kit, que dá vida ao personagem Nick Nelson, também revelou uma de suas cenas favoritas dos livros e a dupla de atores finalizou mandando aquele recado aos fãs brasileiros.

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Confira a nossa entrevista completa com Joe Locke e Kit Connor:

CH: Para começar, vocês podem falar um pouco sobre como receberam a notícia de que estavam em Heartstopper?

JL: Recebi uma ligação do meu agente quando estava em casa e apenas gritei. Eu estava tão feliz e empolgado. Foi um momento de grande mudança na minha vida porque eu não tinha feito nada antes. Aquele telefonema meio que mudou minha vida.

KC: Eu realmente tentei fingir tranquilidade. Eu estava jantando com minha família, recebi a ligação do meu agente e senti sobre o que poderia ser, aí pensei: ‘Vou lá pra cima, se forem notícias ruins, não quero estar perto de ninguém.’ Recebi a notícia e fiquei muito feliz. Então, voltei, me sentei, continuei comendo e não disse nada. Obviamente, meus pais estavam questionando: ‘O que está acontecendo?’ Tentei me fazer de tranquilo, falei: ‘Ah, nada, eu apenas vou estar em uma série da Netflix…’ [risos] Eu gosto de pensar que foi assim que aconteceu, mas ainda acho que não consegui fingir tanta tranquilidade.

JL: Tenho certeza que eles sabiam que algo estava acontecendo. [risos]

KC: Sim, eu estava muito empolgado!

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CH: Como foi interpretar personagens que já eram tão amados pelas pessoas e que também são tão importantes para a comunidade LGBTQIA+?

KC: Eu acho que poder interpretar esses personagens que já tiveram um impacto enorme para tantas pessoas, especialmente na comunidade queer, é uma honra incrível. É um desafio fazer jus e garantir que os fãs de Heartstopper sintam que conseguiram uma boa representação de seus personagens amados. Acho que esse desafio vale muito a pena. É extraordinário poder fazer isso.

JL: Com certeza. Eu acho que é tão incrível fazer parte de algo que realmente importa para as pessoas, para muitos jovens queer, e que os ajuda a se aceitarem e se amarem. Acredito que não há muitas séries que impulsionam isso, então fazer parte de uma que o faz é realmente ótimo.

CH: Acredito que uma das coisas mais legais em Heartstopper são os diferentes personagens e como cada um é único. Então, gostaria de saber qual é o seu detalhe favorito do personagem um do outro?

KC: Uma das melhores coisas sobre o jeito que o Charlie é escrito, e em geral sobre o Charlie, é o quão paciente e compreensivo ele é. Eu acho que Nick se sente tão mal por estar meio confuso e não ser capaz de dar a Charlie tudo o que ele quer imediatamente… Basicamente por ter que esconder o relacionamento deles, assim como relacionamentos anteriores que Charlie teve. Mas o Charlie realmente não vê assim. Ele entende que Nick está passando por algo difícil e ele é muito compreensivo com isso, dando todo o tempo que ele precisa para descobrir as coisas e isso é lindo. É incrível.

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JL: Eu acho que minha parte favorita sobre Nick é sua gentileza. Ele é tão gentil com o Charlie. Ele é tão gentil com todos e nunca quer decepcionar ninguém. Na história da Imogen, quando ele fala com Nick, ele só quer que todos sejam felizes. Eu realmente admiro isso.

Nick e Charlie, de Heartstopper, tocando bateria; Charlie está ensinando Nick a tocar o instrumento segurando as mãos dele
Nick e Charlie, de Heartstopper, tocando bateria Rob Youngson/Netflix/Divulgação

CH: Nas redes sociais, estamos vendo vários paralelos entre os livros e a série, sempre com esse sentimento de alegria. Vocês se lembram de uma cena que estavam apenas muito felizes, não só em gravar, mas também para os fãs assistirem?

KC: Eu sinto que a cena da chuva é uma daquelas cenas icônicas. Aquele momento em que o Charlie abre a porta e Nick está parado na chuva, acredito que é um momento tão clássico de romance.

JL: É muito romance de Hollywood!

KC: Sim, é muito romance de Hollywood. O que você [Joe] disse outro dia? O romance antigo de Hollywood é obviamente clássico e alguns podem vê-lo como algo um pouco desatualizado, mas é uma coisa…

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JL: É algo que as histórias queer não tiveram.

KC: As histórias queer nunca tiveram isso, esse clássico de correr até a casa de alguém na chuva. Esses antigos momentos românticos e adoráveis. E esse [momento da cena da chuva] é provavelmente um dos meus favoritos.

JL: Também acho isso, concordo com você.

CH: Os fãs estão acompanhando o processo de gravações desde o começo e existem fotos de bastidores, como aquela de um ensaio de cena em que o Charlie está em uma cadeira e Nick está olhando para ele, que geraram várias teorias. Como era ver os fãs tentando adivinhar e se perguntando o que era cada cena?

JL: Foi uma sensação legal, poder ver os fãs dizendo: ‘Eu acho que essa parte é essa parte.’ Só que você realmente sabe o que aquilo é de verdade! [risos]

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KC: Acho que uma das coisas mais impressionantes para mim é que sabíamos que Heartstopper iria estrear em 22 de abril há um tempo. Estávamos muito empolgados, mas tínhamos que manter isso em segredo. Lembro que vi no Twitter que alguém basicamente adivinhou que seria em 22 de abril porque acho que foi um ano depois que tínhamos sido anunciados?

JL: Sim, e era uma sexta-feira.

KC: E era uma sexta-feira! Eu fiquei tipo: ‘Wow, isso é realmente impressionante!’

JL: Eu me lembro de uma pessoa que disse: ‘Bem, Young Royals saiu neste dia e o trailer saiu neste dia. Isso significa que teremos o trailer de Heartstopper neste dia e Heartstopper neste dia.’

KC: Eles estavam certos?

JL: Eles estavam certos.

KC: Wow, meus parabéns!

CH: Tenho que dizer isso porque é uma das perguntas mais feitas pelos fãs. Qual cena dos outros livros vocês gostariam de ver se tivermos uma 2ª temporada?

JL: Eu adoraria ver Darcy deixando todo mundo bêbado. Isso seria muito divertido!

KC: Isso seria interessante. Isso seria muito interessante. Quer dizer, há tanta coisa que acontece em Paris…

JL: Ou o primeiro beijo da Elle e do Tao!

KC: Sim! Acho que é um grande momento para mim. Eu também adoraria ver uma das minhas cenas favoritas em todas as graphic novels, que é quando Tori basicamente repreende David, o irmão de Nick, no jantar… É um grande momento dos livros e espero que algum dia possamos mostrar isso.

CH: Temos momentos dos livros que são exatamente iguais. Mas existiram momentos de improvisação que entraram no corte final?

JL: Tivemos alguns. Nós fizemos muito o início da cena e o final da cena e meio que começamos a improvisar. Se houvesse outra cena acontecendo, eles nos diziam para meio que apenas falar. Toda a cena da neve é improvisada, na verdade.

KC: Sim, se houver um momento na série em que você nos vê conversando e não pode nos ouvir, as chances são que não estamos falando sobre você acha que estaríamos. Tipo, eu ia falar sobre a Nellie, mas na verdade só contava histórias dos meus cachorros, o que fez as pessoas rirem, todos amavam. Esse foi o ponto alto da nossa improvisação.

JL: Nunca cenas inteiras.

KC: Nunca cenas inteiras. Não somos bons o suficiente para coisas assim. [risos]

Nick, Charlie e Nellie de Heartstopper deitados na neve; a imagem é vista por cima e efeitos de neve animados ilustrados ao redor da cena da adaptação
Cena da neve em Heartstopper Netflix/Divulgação

CH: Kit, você disse uma vez que você e a Olivia costumavam cantar bastante nas cenas no carro, vocês ouviam muitas músicas no set? Como era essa dinâmica com o elenco?

KC: Na verdade, nós ganhamos essas caixinhas de som no início da série e todos costumavam ouvir música muito alto. Eu costumava colocar minha música e então Will colocava esse Jazz muito legal. Yaz tocava…

JL: Músicas dançantes!

KC: Sim, Yaz tocava as músicas dançantes modernas do TikTok e coisas assim.

JL: Você andava pelo corredor dos camarins e eram tantos gêneros diferentes.

KC: Era como andar pelas músicas de todas as diferentes décadas e foi ótimo! Foi muito legal. Mas havia uma certa incompatibilidade às vezes.

CH: Já que estamos falando de música, vocês conseguem escolher uma música ou um artista que acham que Nick e Charlie iriam gostar?

JL: Eu tenho certeza que o Charlie iria amar Baby Queen!

KC: Sim, isso é certeza!

JL: Charlie iria amar Baby Queen e eu sei que ele escutaria porque ele me contou.

KC: É difícil com o Nick, honestamente. Não tenho certeza…

JL: Sinto que o gosto musical do Nick seria similar ao seu.

KC: Sim! Eu sempre pensei isso, na verdade, mas aí pensei que poderia ser meio que uma desculpa, mas acho que você está certo pra ser honesto. Quer dizer, meu gosto musical é muito do rock e pop dos anos 1970 e 1980. The Beatles e tudo mais. Adoraria pensar que Nick e eu temos isso em comum.

CH: Vocês guardaram algo do set?

JL: Eu fiquei com o CONVERSE do Charlie, o branco. Eu os uso o tempo todo, na verdade. Faço muito isso. Também fiquei com o planner…

KC: Eu fiquei com um dos Vans do Nick e também fiquei com uma das bolas de rugby. Inclusive, elas são muito escorregadias, são mais duras e escorregadias, não são como uma bola de rúgbi normal, então tenho uma delas na minha casa.

JL: Eu queria ter ficado com mais roupas do Charlie porque ele tem uns macacões muito legais. Eu estava assistindo a série e pensando: ‘Ah, eu devia ter ficado com isso.’

KC: Eu acho que a bola de rugby foi a coisa mais legal que guardei!

CH: E falando um pouco dos memes de Heartstopper, vocês tem visto as brincadeiras nas redes sociais?

KC: Tem uns muito bons! Aparentemente, eu faço caras muito engraçadas em entrevistas e em vídeos (risos), então existem muitas fotos minhas como reações.

JL: Algumas delas foram mandadas no nosso grupo!

KC: Tem um que é por causa de uma piada interna que tínhamos no set, com a Yaz, baixei um gif e vou usar sempre que precisar.

CH: Vocês se lembram de uma cena que não conseguiram terminar de gravar porque estavam rindo muito?

JL: Tem uma cena, logo depois da do rugby, em que Isaac quase interrompe Nick e Charlie com os lenços antissépticos. Foi a única vez que Kit e eu recebemos uma chamada de atenção do diretor. Ele estava meio: ‘Gente, precisamos terminar isso.’

KC: Era a última cena do dia também. Precisávamos terminar. Mas acho que era porque o Tobie entrou na hora errada. (Risos) Estávamos no meio dessa cena íntima e emotiva e o Tobie entrava cedo demais, na hora errada, então ficávamos surpresos de verdade. Passamos mal de rir!

JL: Foi muito engraçado!

Charlie e Nick em cena de Heartstopper; os dois estão se olhando e Nick está limpando o rosto de Charlie
Heartstopper Netflix/Divulgação

CH: Heartstopper é gigante no mundo inteiro e no Brasil vocês são muito amados pelos fãs. Vocês veem as menções dos fãs brasileiros nas redes sociais?

JL: Os fãs brasileiros são tão incríveis!

KC: Eles nos apoiam tanto e são tão presentes com esse apoio. É incrível a quantidade de tweets que vemos em português.

JL: Sinto que a Netflix economizou muito com divulgação só por ter a fanbase brasileira. Então esse é o nível da paixão.

KC: Absolutamente. Eu acho tão inacreditável e incrível todo o apoio que recebemos do Brasil e dos fãs brasileiros.

CH: Então, para fechar podem mandar um recadinho para eles?

JL: Amamos vocês, muito obrigado!

KC: Brasil, amamos tanto vocês. Muito obrigado por todo o apoio.

JL: Obrigado por assistirem a nossa série e esperamos que vocês gostem!

Agora é só correr para maratonar a série mais uma vez! <3

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